Como é bom o silêncio
quando prefiro
estar a sós comigo
e me retiro
para o meu mundo interior
onde sozinho…
me aquieto
me abrigo
sem quaisquer defesas
nem pudor
me revelo
me revejo
me digo…
me desdigo.
Como é mau o silêncio
quando te chamo
e te peço que me ajudes
te reclamo
o apoio
o ombro
o abraço…
e com ar de embaraço
me desiludes
deixando-me um rasto de sargaço
sem vida
ressequido…
como as tuas atitudes.
Mário Margaride