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domingo, 29 de setembro de 2024

SOMBRAS NO MEU OLHAR


Há sombras no meu olhar

quando estou neste silêncio

nesta solidão constante

mesmo a querendo afastar

ela está sempre presente

a todo e qualquer instante.

 

É neste estado de alma

nesta inquietação

que há sombras no meu olhar

que não consigo evitar

e me entristece o coração.

 

São sombras que insistem

em se instalar nos meus olhos

neste tempo que é só meu

mas tenho que as avisar

não pretendo alimentar

esta escuridão de breu.

 

Nesta passagem cinzenta

nesta solidão funesta

vou dizer às emoções

que o sol tem que surgir

para alegremente sorrir

e fazermos uma festa.

 

E nesta onda, neste mar

a solidão se esvai

tal como a sua desgraça

e as sombras no meu olhar

desaparecerão devagar

tal como o vento que passa.

 

Mário Margaride

28-09-2024


sexta-feira, 27 de setembro de 2024

RAÍZES DA INDIFERENÇA


No solo fértil da alma

crescem traumas, dores cicatrizes

raízes de indiferença insana

que se transformam em geladas raízes.

 

A indiferença brota do medo

é um escudo, uma proteção

de se machucar, de sofrer cedo

contra a dor e a deceção.

 

Experiências passadas, desilusões

transformam o coração em pura apatia

criam muros, erguem prisões

cresce o egoísmo, a falta de empatia.

 

Mas, no fundo, há uma chama

que clama por amor, mas não se inflama

se a regarmos com compreensão e carinho

talvez aos poucos, possamos quebrar esse caminho.

 

Mário Margaride

13-09-2024

                                                  Feliz fim de semana!

                                                     Beijos e abraços!

segunda-feira, 23 de setembro de 2024

VERSOS DE UM POEMA INACABADO

 

 No silêncio da noite

na aurora de um novo dia

a nostalgia emerge em mim

como uma onda gigantesca  

me inundando a alma de solidão

onde o vazio se faz sentir

e a saudade me abraça.

  

Foram sonhos compartilhados

mas que se dissiparam

como folhas ao vento

sem rumo, sem norte.

 

Mas hoje

são apenas versos singelos

de um poema inacabado

que o tempo insiste em rasgar.

 

Mário Margaride

20-09-2024 




sexta-feira, 20 de setembro de 2024

NÃO DEIXEMOS QUE IMPEÇAM

  

Nas escadas

que temos que subir

para chegarmos ao cimo

ao cume

há degraus que faltam

que não existem

que nos dificultam a subida.

 

Por vezes

nos desencorajam

nos demovem

de continuarmos nessa subida

nessa epopeia

de subirmos ao topo

ao cimo da montanha.

 

Esses degraus que faltam

que não existem

não deixemos que impeçam

a nossa vontade

a nossa determinação

de conquistarmos o topo

o teto

da nossa felicidade.

 

Mário Margaride

                                                Feliz fim de semana! 

                                                   Beijos e abraços! 

segunda-feira, 16 de setembro de 2024

QUANTAS VEZES, QUANTAS...


 Quantas vezes, quantas…

nos colocam muros, e barreiras

quantas vezes nos mentem

 

Quantos amores se perdem

antes de os encontrarmos

quantas vezes, quantas…

 

Quantas vidas destruímos

quantos desgostos choramos

quantas vezes, quantas…

 

Quantas vezes encontramos

olhares que nos fitam, que sorriem

quantas vezes, quantas…

 

Quantas vezes os ignoramos

por medo, ou desconfiança

quantas vezes, quantas…

 

Quantos nos julgam de imediato

sem nos ouvirem, nem conhecerem

quantas vezes, quantas…

 

Quantas vezes se dizem nossos amigos

e nos traem 

quantas vezes, quantas...

 

Quantas vezes, os que ajudamos a levantar

nos deitam ao chão

quantas vezes, quantas…

 

Quantas vezes somos duros, implacáveis

egoístas, arrogantes, insensíveis

quantas vezes, quantas…

 

Quantas vezes gostaríamos, de perdoar

e não o fazemos

quantas vezes, quantas…

 

Quantas vezes nos olhamos ao espelho

e temos vergonha do que vemos

quantas vezes, quantas…

 

Quantas vezes queremos sorrir

e choramos

quantas vezes, quantas…

 

A vida…é cheia de quantas vezes.

 

 Mário Margaride-IN-"O ECO DAS PALAVRAS"-2007


sexta-feira, 13 de setembro de 2024

NO CHÃO DA INDIFERENÇA

 

Os ramos ficam secos

quando uma árvore apodrece

na floresta esquecida

onde o declínio acontece.

 

As plantas morrem

naquele chão estagnado

onde sol já não aquece

neste bosque abandonado.

 

Já não se vê o sorriso

que as folhas transbordavam

as raízes já não medram

neste chão que admiravam.

 

É o sonho que foi desfeito

a vida ali padeceu

apenas sobram despojos

neste chão que já foi céu.

 

Mário Margaride

08-09-2024

                                                Feliz fim de semana!

                                                  Beijos e abraços!

segunda-feira, 9 de setembro de 2024

SEMENTE DE ESPERANÇA


Na tristeza que sentimos

quando as flores murcham e morrem

há sempre uma semente de esperança

dando um novo sorriso e cor

a cada raiz que nasce e desabrocha

no chão árido da desilusão.

 

Mário Margaride

28-08-2024


sexta-feira, 6 de setembro de 2024

NO CAMPO DA DESOLAÇÃO

 

No campo da desolação

onde a esperança se esvai

ecos de gritos perdidos

que das almas destroçadas, sai.

 

Olhos que já não choram

secos pelo medo e pela dor

corações que se despedaçam

sem mais acreditar no amor.

 

O céu, outrora azul

agora cinza de fumaça

as estrelas fogem, se escondem

temendo nova ameaça.  

 

As crianças que não brincam

seus risos são silenciados

pelas sombras negras da guerra

e seus sonhos são roubados.

 

Mães que abraçam o vazio

com a alma a sangrar

pais que partem para a luta

sem saber se vão voltar.  

 

A terra, manchada de sangue

clama por redenção

mas a guerra, implacável

não conhece compaixão.

 

Pois mesmo na escuridão

há um brilho de esperança

que um dia, talvez, a paz  

encontre por fim...sua dança.

 

Mário Margaride

05-09-2024 

                                         
                                               Feliz fim de semana!
                                                  Beijos e abraços!

                      

segunda-feira, 2 de setembro de 2024

SEREMOS CEGOS!?


O Mundo perdeu o juízo

com seus jogos de casino

joga na roleta russa

num constante desatino.

 

Somos carne para canhão

Somos números discretos

Somos todos descartáveis  

Somos meros objetos.

 

Há um profundo lamento

uma tristeza sem fim

mas os iluminados festejam

na sua torre de marfim.

 

E assim nesta permissa

neste cardápio oferecido

somos apenas despojos  

neste mundo aturdido.

 

Será que somos tão cegos

que não consigamos ver

as manhosas artimanhas

que estão sempre a prometer?

 

Muitas vezes assim parece

que somos ignorantes

estúpidos e bons alunos  

joguetes e bons farsantes...

 

Mário Margaride

31-08-2024