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sexta-feira, 17 de outubro de 2025

AS PAREDES SE FECHAM EM SILÊNCIO


As paredes de fecham em silêncio

nas vozes sufocadas

do grito que não grita


No vazio que infesta o ar

o silêncio fala

da vida que não vive


As partículas esvoaçam pelo ar

como folhas ao vento

levando nas suas asas

o pranto mudo 

preso na garganta

esculpido nas paredes encardidas

das vozes mudas

da nossa indignação.


Mário Margaride

17-10-2025

Feliz fim de semana!

Beijos e abraços!

11 comentários:

  1. Boa noite de Paz, amigo Mário!
    Temos todos muitos motivos de indignação nos tempos atuais.
    O mundo anda caótico, muitaa vezes, nada podemos fazer.
    Até nosso próprio mundo pessoal precisa de respostas.
    Tenha um final de semana abençoado!
    Abraços fraternos

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  2. Profundo y triste poema. Te mando un beso.

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  3. Siamo tutti indignatissimi per gli eventi del globo, colmi di violenza
    Un caro saluto

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  4. Hi, very nice blog, I am new here. I follow you 163, maybe follow back?

    https://fashionrecommendationss.blogspot.com/

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  5. Se as paredes pudessem falar ou gritar!!! Meu Deus, seria um espanto,rs... Linda poesia,Mário!
    Ótimo fds!
    abraços praianos, chica

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  6. Es que como bien dices el "silencio habla", y a veces a gritos.
    Un abrazo, Mario.
    Hay una nueva entrada en mi blog
    ¡Feliz día!

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  7. Concordo com a Chica!
    Aproveito para desejar um bom fim de semana!

    A tua opinião é muito importante, por isso gostava de pedir 3 minutos do teu tempo, para responderes ao questionário de consulta e satisfação sobre o meu blog. É muito simples, basta clicares aqui.
    Obrigada!

    Bjxxx,
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  8. Hola Mario, todo se deja al descubierto aunque el mensaje silenciado nos pase desapercibido y nadie se pare a reflexionar, pero ahí se queda por si acaso...Feliz fin de semana
    Un abrazo

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  9. O poema transmite uma sensação de pressão e silêncio que sufoca. Os versos criam uma progressão de tensão: paredes que se fecham, vozes sufocadas, o grito que não pode escapar. O vazio que infesta o ar transforma o silêncio num agente activo, capaz de falar da vida que não é vivida — sugerindo frustração, opressão e a impossibilidade de expressão. As imagens de partículas que voam pelo ar, folhas ao vento, trazem leveza passageira, contrastando com o peso da prisão emocional — o pranto mudo preso na garganta. A repetição de elementos teutónicos (paredes, vozes, silêncio) reforça a sensação de ambiente opressivo e de indignação contida. A última estrofe compõe uma escultura visual: as vozes mudas da indignação gravadas nas paredes encardidas, como se a própria arquitetura carregasse a memória do sofrimento. O poema funciona como uma denúncia silenciosa, onde o silêncio e o peso do ambiente revelam mais do que palavras gritadas.

    Agradeço e retribuo beijos e abraços.

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  10. Quien vive tan lleno de amargura, nunca vivirá plenamente ...cada día es un aprendizaje para reencontrar el camino verdadero, dejar salir lo que ahoga es necesario...
    Abrazo.

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