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segunda-feira, 9 de novembro de 2020

Sou



Sou tempestade de areia

Que no deserto se agita

Sou a voz que não se ouve

Mas que fala, mas que grita.


Sou a voz da consciência

Que acorda moribundos

Sou a luz da minha sombra

Que brilha entre dois mundos.


Sou a outra parte de mim

Que há muito de mim fugiu

Sou o eu, que em mim habita

Que nunca de mim saiu.


Sou a árvore que renasce

Da raiz da minha morte

Sou a força da inércia

Que dá outro rumo ao norte.


Sou a dor que dói em mim

Sou a outra face da lua

Sou o cavaleiro andante

Que em seu cavalo, flutua.


Mário Margaride



4 comentários:

  1. Olá Mário
    Mais uma poesia maravilhosa
    É uma alma romântica
    Beijinhos

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    1. Olá Dia!
      Obrigado, pela visita e gentil comentário.
      Continuação de ótima semana!
      Beijinhos!

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  2. Belo poema
    com tanta força e intensidade !

    Beijinhos

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    Respostas
    1. Obrigada, Lena!
      Obrigada, pela visita e comentário.
      Continuação de ótima semana!
      Beijinhos!

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