Penso em ti
E relembro as palavras, os gestos, os sorrisos
Folhas de um livro desfeito
Caídas, uma a uma, na minha mão
Traços dispersos, de uma pintura inacabada
Fios de luz, com que a memória me compensa
E torna mais suave, a solidão...
Recordando...
Ignoro a realidade, e o ritmo dos dias
De ontem...faço hoje, e amanhã
Prolongo o que foi ontem...adio o fim.
Nesta troca de tempos, busco um tempo
Em que a emoção que persiste, esmoreça
E finalmente, morra em mim.
Mário Margaride