Na quietude das noites estreladas
a saudade se aninha no meu peito
como um pássaro que busca o abrigo
mas encontra apenas o vazio.
Lembro-me dos teus olhos, profundos
que refletiam o céu e o mar
e da tua voz, suave como o vento
que sussurrava promessas de eternidade.
Agora, só me restam memórias
fragmentos de momentos compartilhados
como pedaços de um quebra-cabeça incompleto
que busco encaixar na solidão.
A saudade é um rio que corre sem fim
levando consigo sonhos e desejos
e eu, na margem oposta, espero
com o coração aberto e a alma em prece.
Ah! Amor ausente, és como uma estrela distante
cuja luz ainda alcança os meus olhos
mas o calor não aquece mais a minha pele
apenas deixa marcas na escuridão.
Que a saudade se transforme em poesia
e que cada verso seja um beijo lançado ao vento
na esperança de que, um dia, o destino nos reúna
e a ausência se torne, um abraço apertado.
Mário Margaride
Feliz fim de semana!
Beijos e abraços!