Nos dias em que a minha alma
triste e nua
vagueia sem destino
ou rumo certo
és um enorme e envolvente
mar de afeto
que me inunda
me abraça
me apazigua.
És a floresta em que gosto de perder-me
para entre o arvoredo
te encontrar
gosto de pensar
que não te descobri
pelo prazer de te poder
reencontrar
neste descanso
do cansaço
que não se cansa de ti.
Mário Margaride