Quando as luzes se apagam
E a noite chega...
Tudo se esvanece na madrugada absorvente
Tragando no seu seio
O torpor do iminente stress
Que nos devora
Na rotina diária
Da nossa existência
O sono e o sonho...
Aparecem como drogas
Impedindo-nos de pensar
Pesadelo?
Ou não!
Anestesiado o nosso corpo
E o nosso pensamento
Qual heroína
Entrando nas veias
Devassando a nossa mente
Atirando-nos para um gueto
À margem de tudo que nos rodeia
Não durmam!
Não sonhem!
Não se desliguem da realidade
Pensem!
Lutem!
Contra o marasmo do existencialismo passivo
E sedentário
Esperando...
Que tudo aconteça
Absortos
Num sono profundo.
Mário Margaride