Ignorância é bruma que dança no peito
é rio parado, sem fonte, sem mar
um véu que se estende sem cor nem respeito
onde o homem se afoga sem mesmo notar
É canto sem voz, é palavra vazia
é sonho que dorme num leito fechado
é noite que cala a luz do dia
é alma que vive num corpo trancado
Ela veste o orgulho com manto de rei
afasta o olhar do que pode ser belo
e faz do silêncio um grito sem lei
e pinta o mundo num tom amarelo
Mas há no fundo um sopro, um clarão
pois mesmo na sombra, o saber insiste
um fio de luz, uma inquietação
como flor que brota onde nada resiste.
Mário Margaride
15-09-2025
Feliz fim de semana!
Beijos e abraços!
Un hilo de luz, una inquietud
ResponderEliminarcomo una flor que brota donde nada se resiste...
Me gusta, Mario.
Un abrazo desde Segovia.
Nueva entrada en mi blog.
¡Feliz día!
Bah, amigo Mário que belo poema,
ResponderEliminarinspiração a mil! Ficou lindo.
A imagem da ignorância, confortável, diz muito...
Um feliz fim de semana,
Beijo, querido amigo!