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sexta-feira, 19 de setembro de 2025

O VÉU DA IGNORÂNCIA

 

Ignorância é bruma que dança no peito

é rio parado, sem fonte, sem mar

um véu que se estende sem cor nem respeito

onde o homem se afoga sem mesmo notar


É canto sem voz, é palavra vazia

é sonho que dorme num leito fechado

é noite que cala a luz do dia

é alma que vive num corpo trancado


Ela veste o orgulho com manto de rei

afasta o olhar do que pode ser belo

e faz do silêncio um grito sem lei

e pinta o mundo num tom amarelo


Mas há no fundo um sopro, um clarão

pois mesmo na sombra, o saber insiste

um fio de luz, uma inquietação

como flor que brota onde nada resiste.


Mário Margaride

15-09-2025

Feliz fim de semana!

Beijos e abraços!

2 comentários:

  1. Un hilo de luz, una inquietud

    como una flor que brota donde nada se resiste...
    Me gusta, Mario.
    Un abrazo desde Segovia.
    Nueva entrada en mi blog.
    ¡Feliz día!

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  2. Bah, amigo Mário que belo poema,
    inspiração a mil! Ficou lindo.
    A imagem da ignorância, confortável, diz muito...
    Um feliz fim de semana,
    Beijo, querido amigo!

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