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segunda-feira, 13 de setembro de 2021

ESTE RIO


Este Rio que em mim corre sem parar 

De águas turvas lamacentas sem ter fim

Meu corpo jaz inerte, ao luar

Dentro deste silêncio, de marfim 


Nas margens deste rio que sustento

Despidas de existência coexistem

A alma, a vontade, e o desalento

Que não sei porquê, ainda persistem


Este Rio que afunda a minha alma

Não lava porém a minha dor

Nem este silêncio mudo me dá a calma

Nem a penumbra da tristeza...me dá amor.


Mário Margaride 


sexta-feira, 10 de setembro de 2021

NO ACASO DAS PALAVRAS


Triste sina ou má sorte

um andarilho eu sou

subo montes desço escarpas

nunca sei para onde vou


As pedras do meu caminho

tantas vezes as pisei

só que essas pedras não dizem

a dor que nelas deixei


Nas ondas do mar revolto

deixei lá minha agonia

no barco quero voltar

com os ventos da alegria 


No silêncio da desgraça

minhas lágrimas deixei

no acaso das palavras 

novas forças encontrei. 


Mário Margaride 

Feliz fim de semana! 

Beijos e abraços! 

quarta-feira, 8 de setembro de 2021

SUBTIL OPRESSÃO

 

Bem cedo, dizem-te como deves ser

o que, como, e o que deves fazer

esquecem que podes ter outras vontades

tentam impor-te velhas realidades

mas se inconformado, ignoras os rituais

e segues só os teus impulsos naturais... 

logo clamam contra a tua rebeldia

dizem que és obstinado e irreverente

difícil, e até inconveniente

por ser assim é demais, é ousadia!

Sorrindo, entre as teias desta contradição

assente, desde sempre, em subtil opressão

vais resistindo, às imposições, e segues em frente... 

sem medo, do que possam dizer que és, por seres diferente! 


Mário Margaride




segunda-feira, 6 de setembro de 2021

MEU CORPO...


Meu corpo...

jaze inerte no silêncio

no chão, vazio de mim

nas cinzas que restam de nós

me evaporo...

minha sede...

secou-me a boca

ansiosa dos teus beijos

meu sangue gelou

sem o teu calor

meu corpo...

despido de existência

jaz inerte no silêncio

no chão, vazio de mim.


Mário Margaride 


sábado, 4 de setembro de 2021

DOCE IMAGINAÇÃO


Desenho nas margens do tempo... 

o teu rosto que nunca vi

que se esconde sorrindo 

no tempo do tempo

onde esperarei por ti. 


Neste sonho onde divago

tenho em mim a esperança

que o vento, num passo de dança 

te traga junto de mim. 


Estes ventos  refrescantes

esta doce imaginação... 

onde as emoções se sustentam

e alimentam, toda a minha ilusão. 


Mário Margaride


Feliz fim de semana!

Beijos e abraços!