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sexta-feira, 25 de junho de 2021

AS FENDAS SURGEM


As fendas surgem

na encosta montanhosa

onde a montanha nos abraça

e nos engole no seu seio


São caminhos íngremes

desbravados pelo vento

que sopra desordenado

fustigando a nossa pele

que arde de dor... 

e desalento


As fendas surgem

na encosta montanhosa

onde a água se entranha

formando uma enorme torrente

onde lavamos sem parar...

as feridas da inquietação.


Mário Margaride




quarta-feira, 23 de junho de 2021

DESVARIOS


No silêncio da noite... 

repousa cansado o nosso corpo

consumido pelo insano stress 

deste imenso mar de inquietações 


Nos braços aconchegantes do sono 

deixamo-nos transportar pela nossa mente

para o torpor dos nossos sonhos 

que se escondem e levitam

na quimera das fantasias 

no universo das ilusões 


No silêncio da noite... 

a mente se entrega e nos eleva

para o patamar mais alto

dos nossos desvarios 

e das nossas emoções. 


Mário Margaride 


domingo, 20 de junho de 2021

RECORDO


Recordo... 

as nossas aventuras

os caminhos que percorremos

os mares que navegamos

os desertos que atravessamos

e tudo quanto sonhamos

em busca da felicidade.


Recordo...

as noites escuras

em que foste o luar

na minha escuridão.


Recordo... 

os dias tristes

em que foste o meu sorriso

o meu doce paraíso

o ombro para eu chorar.


E quando perdido

pensando que mais nada me restava

foste o meu chão

a minha estrada... 

onde pude caminhar.


Mário Margaride 



sexta-feira, 18 de junho de 2021

NO CREPÚSCULO DA NOITE


No crepúsculo da noite

a luz da nossa alegria se esbate

na aurora de um novo dia

o rosto triste de uma criança...

nos alerta


o seu sorriso tímido e assustado

nos faz refletir

no porquê desse sorriso

ao vermos na sua candura e inocência

a tristeza que sente...


Revolta-nos!!!


Porque estão tristes as crianças?

Porque não são felizes?

No crepúsculo da noite

o meu dia morreu

naquele instante...


Mário Margaride 


quarta-feira, 16 de junho de 2021

AREJEMOS AS NOSSAS MENTES


Arejemos as nossas mentes

do cheiro a mofo 

e a putrefação

que as invadem

das palavras polvilhadas de veneno

que pairam no ar

que nos infetam

nos bloqueiam as artérias

não nos deixando respirar.


Arejemos as nossas mentes

das palavras ocas

sem nexo, sem sentido

que nos tolhem a mente

não nos deixando pensar. 


Arejemos as nossas mentes

da estupidez contagiante

que paira no ar 

abram-se portas e janelas 

para o ar fresco...entrar. 


Mário Margaride