Na janela dos nossos olhos
Abrem-se as persianas do tempo
Para a nova aurora chegar
Neste quarto escuro, sombrio
Onde mora e dorme o frio
Onde o sol não tem lugar.
Na janela dos nossos olhos
Abrem-se caminhos de esperança
Para a luz poder caminhar
Neste quarto de carvão
Onde sombras pairam no ar
Trepam paredes
Se espalham no chão.
Na janela dos nossos olhos
Deixemos uma frincha aberta
Para que a luz sempre desperta
Ilumine a escuridão....
Mário Margaride