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quarta-feira, 24 de março de 2021

LEMBRAS-TE?


Lembras-te daquele dia em que o amor

Corria entre nós dois como um corcel

E desenhava em ti todo o langor

Fazendo da tua pele o meu papel?...


E de quando, meigamente e devagar

Tão devagar como quem levanta um véu

Roçaste os meus lábios e, ao beijar

Me disseste a tua boca é o meu céu!...


Carícia em que me entrego, em que me dou

E ganho asas, com o teu desejo...

Sabes que o teu desejo...em mim ficou


Como são largos os céus em que me lança

E onde invento carícias que em ti deponho...

E quando a minha alma a tua alcança

Ouço a tua inspiração que é o meu sonho!


Afundando-me no mar do teu desejo

Tão fundo quanto a volúpia me permite

E atingido o vórtice, que eu sinto e vejo

Que a tua satisfação...é o meu limite.


Mário Margaride 


segunda-feira, 22 de março de 2021

VAGUEANDO EM TI

 

Vagueio pelo teu corpo nu

De pele fina

Aveludada... 

Pouso os meus lábios sedentos... 

Nos teus seios rosados 

Que palpitam ofegantes... 

Esperando ansiosamente

Pelos meus beijos...


Deslizo lentamente na tua pele...

Onde a minha língua... 

Desliza suavemente

Até à gruta do amor...

Onde me perco

Em beijos lânguidos

E me derreto de prazer...


O teu corpo ávido de mim...

Estremece de volúpia 

Fazendo o meu corpo vibrar... 

De desejo e paixão... 


Mário Margaride



sexta-feira, 19 de março de 2021

AUSÊNCIA


Meu corpo...

Sente a ausência das tuas mãos

Que subliminarmente

Percorriam meu corpo

Como seda na minha pele.


Meus olhos...

Sentem a ausência dos teus

Que penetrantes

Me causavam um arrepio!

Quando fitavam os meus

Cansando dentro mim…

Um calafrio


Minha boca...

Sente a ausência dos teus lábios

Que me sufocavam

Com beijos ardentes

Arrebatadores

Transportando-me

Para outra Galáxia

Outra dimensão.


A tua ausência...

Esvazia a essência

Do meu viver.


Mário Margaride 





quinta-feira, 18 de março de 2021

PASSAGEM



Somos feitos de uma massa que perdura

Para além do tempo e do espaço

Integrados num todo somos feitos

De tudo e do nada, aos pedaços.


Somos alma e matéria misturados

Num intenso dilema existimos

Vivemos num cínico marasmo

Duma réstia de vida fugidia


Numa amálgama imensa nos tornamos

Mortais sofridos, pela dor

Somos carne e mente controlados

Pela guerra, pelo medo, pelo pavor.


Somos réstia de tudo e de nada

Na passagem desta vida fugidia

Em pó e cinza nos tornamos

Na existência triste...da alegria.


Mário Margaride