O amor não grita quando morre
ele se desfaz em silêncio
feito porcelana fina
que racha aos poucos
nas mãos de quem ainda acredita
Vai perdendo cor nos dias comuns
no abraço que não vem
no olhar que passa reto
na palavra que falta
quando mais era preciso ficar
Amar sozinho cansa
cansa oferecer cuidado
e receber ausência
cansa estender a alma
e sentir que ninguém a segura
Sem carinho, o amor esfria
sem devoção, ele duvida
sem respeito, ele encolhe
sem compreensão, ele se parte
em pedaços pequenos demais
para serem colados
E mesmo assim, cada fragmento
ainda lembra o que poderia ter sido
um lugar seguro
um nós inteiro
um amor que não precisasse pedir
para ser amado.
Mário Margaride

Gostei de ler este poema tão sensível.
ResponderEliminarA minha leitura em poucas palavras: amor fragilizado, precisa de cuidado para não se partir.
Boa noite 😘
Olá, amigo Mário!
ResponderEliminarPoema cheio de sentido.
Você está numa fase muito boa, decidindo temas relevantes.
Gostei muito do enredo e de como você o conduziu.
Tenha dias de dezembro abençoados!
Beijinhos fraternos
Profundo poema. Lo que uno desea y lo que pudo ser a veces duele tanto como el amor. Te mando un beso.
ResponderEliminarMario, hermoso poema, el amor hay que cuidarlo, mimarlo todos los días para que florezca con fuerza.
ResponderEliminarSiempre es una delicia leerte Poeta.
Besos Mario