Na rua estreita da mente vazia
se prometem mundos
sem chão nem razão
e na noite escura
caminha sorridente a ilusão
vestida de dia
com olhos pintados
de falsa paixão
A irresponsabilidade, rindo ao lado
foge do peso, do tempo, do fim
atira promessas num dado viciado
vive de instantes
sem rumo
sem sim
Constrói castelos de vento e espuma
cada passo
um salto no sono
onde o real se afoga e se esfuma
e em cada escolha
um eco sem dono
Mas quando a névoa enfim se dissipa
resta o vazio, o rastro, o lamento
e a verdade, nua, se precipita
de quem trocou vida por fingimento.
Mário Margaride
Feliz fim de semana!
Beijos e abraços!
Por mais que queiram fingir, fantasiar, a verdade, antes ou depois aparece e pode vidas desmoronar! Linda poesia!
ResponderEliminarÓtimo fds!
abraços praianos, chica
Caro Mário
ResponderEliminarA ilusão por vezes envolve-nos fazendo-nos acreditar
em coisas que não existem.
No fim, é como diz no seu belo poema, resta apenas
o vazio.
Um bom fim de semana.
Abraço
Olinda