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sexta-feira, 10 de outubro de 2025

O LASTRO DA ILUSÃO


 Na rua estreita da mente vazia

se prometem mundos

sem chão nem razão

e na noite escura 

caminha sorridente a ilusão

vestida de dia

com olhos pintados

de falsa paixão

 

A irresponsabilidade, rindo ao lado

foge do peso, do tempo, do fim

atira promessas num dado viciado

vive de instantes

sem rumo 

sem sim

 

Constrói castelos de vento e espuma

cada passo

um salto no sono

onde o real se afoga e se esfuma

e em cada escolha

um eco sem dono

 

Mas quando a névoa enfim se dissipa

resta o vazio, o rastro, o lamento

e a verdade, nua, se precipita

de quem trocou vida por fingimento.

 

Mário Margaride


Feliz fim de semana!

Beijos e abraços!

2 comentários:

  1. Por mais que queiram fingir, fantasiar, a verdade, antes ou depois aparece e pode vidas desmoronar! Linda poesia!
    Ótimo fds!
    abraços praianos, chica

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  2. Caro Mário
    A ilusão por vezes envolve-nos fazendo-nos acreditar
    em coisas que não existem.
    No fim, é como diz no seu belo poema, resta apenas
    o vazio.
    Um bom fim de semana.
    Abraço
    Olinda

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