No canto escuro da alma calada
há um eco mudo que não quer cessar
um vazio frio, de estrada fechada
onde o tempo insiste em não passar
O riso alheio soa distante
como um sonho que não quis voltar
e a presença ausente é constante
como sombra que insiste em ficar
As palavras morrem na garganta
sem plateia, sem cena, sem voz
e o coração
mesmo quando canta
só repete um refrão sem nós
A solidão não pede licença
invade os dias, as noites, as horas
lenta e cruel
pinta o céu de cinza e ausência
e faz do abrigo um frio papel
Mas grita
ah, sim, ela grita
com silêncio que ninguém vê
e na alma
tão ferida e aflita
ela esconde
o que ninguém quer saber.
Mário Margaride
Beijos e abraços!
Buon fine settimana!Olga
ResponderEliminarMuito linda poesia e de grande intensidade cada verso!Adorei!
ResponderEliminarabraços, ótimo fds! chica
Olá, caro Mário
ResponderEliminarUm grito que ecoa neste poema muito significativo
quando a solidão invade a vida das pessoas.
Cada um vivendo a sua vida, nem sempre se vê a
solidariedade tão almejada.
Tenha um bom fim de semana, amigo.
Abraço
Olinda
Boa noite de paz, amigo Mário!
ResponderEliminarDa solidão:
"pinta o céu de cinza e ausência
e faz do abrigo um frio papel".
Vamos aquecendo o papel que seja...
A solidão é fera pronta a nos engolir.
Tenha um final de semana abençoado!
Abraços fraternais