Como Borboleta à solta
voo livre como o vento
tal como as minhas palavras
Mesmo sem rimas nem verso
escrevo o que sinto e penso
Sei muito bem que as palavras
são às vezes como espadas
que podem ferir bem fundo
algumas sensibilidades
Mas deixem-me dizer, convictamente
que para mim é indiferente
que a alguns pouco agrade
esta minha forma de ser
E sei que a minha escrita
nem sempre estará de acordo
com as convenções instaladas
Por isso, como ser livre
que pensa pela sua cabeça
escreve o que lhe vai na alma
É assim que sou e serei
neste palco das palavras
onde o sentir é senhor
Umas vezes brilha o sol
outras há escuridão de breu
A vida tem estes contrastes
o belo e triste em confronto
e as palavras aí estão
para os pôr em contraponto
Nesta minha divagação
pela minha forma de ser
assim continuarei nesta vida
a sentir as emoções
escrevendo como sei
as suas contradições.
Mário Margaride
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