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sábado, 12 de dezembro de 2020

Poesia...


Poesia…

é jogar com as palavras

Como jogamos à bola

Com o arco, ou ao pião.


Ao contrário desses jogos

Que de tanto jogar se gastam

Jogar com as palavras, não.


Quanto mais se joga com elas

Essas palavras singelas

Nunca poderão acabar.


Poesia…

é um jogo de emoções

Que faz pulsar corações

Jamais se podem gastar!


Mário Margaride





segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

COM AS MÃOS

 

Com as mãos…

Criamos a realidade

E a fantasia


Com as mãos…

Damos carinho

E alegria


Com as mãos…

Se lavra a terra

E se faz o pão


Com as mãos…

Construímos muros

E a prisão


Com as mãos…

Se cria pobreza

E ostentação


Com as mãos…

Se causa a dor

E desilusão


Com as mãos…

Se luta pela justiça

E igualdade


Com as mãos…

Se constrói a liberdade!



Mário Margaride




sexta-feira, 4 de dezembro de 2020

Livro por inventar

 

Num livro por inventar

Só lá existe utopia

Ilusão ou fantasia

O que o poeta sonhar.


Estarão lá palavras belas

Feitas de sonho e ilusão

Desenhadas a carvão

Ou pintadas sobre telas.


Num livro por inventar

Não há só palavras belas

Há outras, que são aquelas

De que não queremos falar.


Mário Margaride



segunda-feira, 30 de novembro de 2020

Meu Veleiro de mil cores

Minha voz ficou presa

No pranto que não tive

Lavo-me em lágrimas

Pela tua indiferença


Navego no meu Veleiro de mil cores

Despejo as lágrimas da desilusão

No mar da minha esperança


Por mares turbulentos naveguei

Enfrentei tempestades, e adamastores

Ancorarei em porto seguro

O meu Veleiro de mil cores 


Pegarei seu leme

Desfraldarei suas velas

Navegarei por mares revoltos

Deixarei que ventos e marés

O levem ao cais...

Da minha esperança.


Mário Margaride




sábado, 28 de novembro de 2020

QUANTAS VEZES, QUANTAS...


Quantas vezes, quantas…

Nos colocam muros, e barreiras

Quantas vezes nos mentem



Quantos amores se perdem

Antes de os encontrarmos

Quantas vezes, quantas…



Quantas vidas destruímos

Quantos desgostos choramos

Quantas vezes, quantas…



Quantas vezes encontramos

Olhares que nos fitam, que sorriem

Quantas vezes, quantas…



Quantas vezes os ignoramos

Por medo, ou desconfiança

Quantas vezes, quantas…



Quantos nos julgam de imediato

Sem nos ouvirem, nem conhecerem

Quantas vezes, quantas…



Quantas vezes se dizem nossos amigos

E nos traem

Quantas vezes, os que ajudamos a levantar

Nos deitam ao chão

Quantas vezes, quantas…



Quantas vezes somos duros, implacáveis

Egoístas, arrogantes, insensíveis

Quantas vezes, quantas…



Quantas vezes gostaríamos, de perdoar

E não o fazemos

Quantas vezes, quantas…



Quantas vezes nos olhamos ao espelho

E temos vergonha do que vemos

Quantas vezes, quantas…



Quantas vezes queremos sorrir

E choramos

Quantas vezes, quantas…



A vida…é cheia de quantas vezes.



Mário Margaride