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sábado, 28 de novembro de 2020

QUANTAS VEZES, QUANTAS...


Quantas vezes, quantas…

Nos colocam muros, e barreiras

Quantas vezes nos mentem



Quantos amores se perdem

Antes de os encontrarmos

Quantas vezes, quantas…



Quantas vidas destruímos

Quantos desgostos choramos

Quantas vezes, quantas…



Quantas vezes encontramos

Olhares que nos fitam, que sorriem

Quantas vezes, quantas…



Quantas vezes os ignoramos

Por medo, ou desconfiança

Quantas vezes, quantas…



Quantos nos julgam de imediato

Sem nos ouvirem, nem conhecerem

Quantas vezes, quantas…



Quantas vezes se dizem nossos amigos

E nos traem

Quantas vezes, os que ajudamos a levantar

Nos deitam ao chão

Quantas vezes, quantas…



Quantas vezes somos duros, implacáveis

Egoístas, arrogantes, insensíveis

Quantas vezes, quantas…



Quantas vezes gostaríamos, de perdoar

E não o fazemos

Quantas vezes, quantas…



Quantas vezes nos olhamos ao espelho

E temos vergonha do que vemos

Quantas vezes, quantas…



Quantas vezes queremos sorrir

E choramos

Quantas vezes, quantas…



A vida…é cheia de quantas vezes.



Mário Margaride




10 comentários:

  1. Um poema maravilhosos e profundo.
    Quantos sorrisos e lágrimas, quantas tristezas e alegrias, quantas surpresas e desilusões ... é a dualidade da vida a passar por todos nós.
    Sim meu amigo, a vida é cheia de quantas vezes.
    Bom fim de semana
    Beijinhos

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    1. Olá, amiga Maria!
      É verdade. A vida é assim mesmo. Cheia de vicissitudes. Muitas vezes contraditórias.
      Obrigada, pelo gentil comentário.
      Bom fim de semana!
      Beijinhos!

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  2. Olá Mário!
    Quantas vezes...
    O importante é não termos medo e nem vergonha de arriscar e se não der certo, termos a humildade de reconhecer que somos simplesmente humanos.
    Bom fim de semana
    Beijinhos

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    1. Olá amiga Dia!
      Assim é minha amiga. A vida é mesmo assim. Cheia de vicissitudes e contradições. Muitas delas incompreensíveis.
      Obrigada, pelo gentil comentário.
      Bom fim de semana!
      Beijinhos!

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  3. Olá, meu estimado amigo Mário!

    Espero que esteja de saúde e feliz, tal como a sua família.
    Eu estou bem, mas como a minha empregada está em confinamento, andei eu a dar um jeitinho à casa, que é grandinha. Amanhã, penso terminar as limpezas.

    Que tempo péssimo está em Lisboa. Neblina e chuva. E no seu Porto? Escurece mto cedo, e tudo fica sem graça. Aguardemos Janeiro, onde os dias já começam a crescer. Que bom!

    Que rico e inspirado poema! É verdade, a vida é feita de "Quantas vezes", mas algumas delas cumprimos o que prometemos, amámos quem queríamos, ajudámos quem podemos, rimos quando tivemos vontade, chorámos por motivos graves ou menos graves e algumas vezes também olhámos para o espelho e não gostámos daquilo que vimos. Isso acontece-me, de vez em quando, de manhã qdo me arranjo para ir para a escola. Outras vezes, sinto-me bonitinha e elegante. Enfim, estados de alma, que todos temos, e a que não sabemos dar justificação.

    Somos imperfeitos e com temperamento desigual, daí as nossas diferentes e inexplicáveis atitudes, mas o importante é amar, amar a família, a vida, o universo e o bem.

    Parabéns pelos comentários que vai tendo, mas se tiver mais tanto melhor, em minha opinião, mas o Mário é quem sabe.
    Notei que no post anterior ficou uma resposta por dar à Maria. Talvez lhe tenha passado, mero esquecimento, quem sabe. Desculpe o meu aviso, mas gosto de ver os posts com uniformidade.

    Grata pelas suas palavras no meu blogue, mesmo qdo cá não apareço não esquece o meu espaço e a mim, claro- risos.

    Beijo e abraço. Bom domingo!

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    1. Olá, amiga Céu!
      Em relação a mim, estou bem, obrigada. E folgo em saber que também se encontra bem.
      É verdade. A vida é cheia de vicissitudes e contradições. Comportamentos e atitudes muitas vezes enexplicaveis. Enfim...faz parte do sermos humanos e por consequência, erramos.
      Em relação á não resposta á Maria no post anterior, não foi esquecimento. Praticamente comentou ao mesmo tempo deste aqui. Logo, ainda não tivera de responder. Apenas isso.
      Agradeço muito a sua presença e gentis comentários. Que muito me satisfazem!...risos
      Um ótimo fim de semana!
      Beijinhos!

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  4. Ai, Mário, eu escrevi tanto!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
    Pois, menina de Letras, adora escrever e exprimir as suas opiniões. Já vi no seu Face, que não tenho, por opção, que estudou na escola Industrial e Comercial... (não me lembro do nome) e sei que nestes estabelecimentos, as pessoas aprendiam mesmo a serem bons alunos e a dominar certas profissões. A Comercial, era para as meninas, e a Industrial para os meninos. Foi uma pena terem acabado com elas, pois fazem-nos tanta falta. As atuais escolas de Formação Profissional dão uma ajuda, mas são bem diferentes das outras.

    Fique bem e feliz!

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    1. Amiga Céu!
      É verdade. Foi pena ter acabado o ensino industrial e comercial. Era de facto muito bom e muito útil, para o ensino técnico-profissional. Enfim... outros tempos!
      Continuação de bom fim de semana!
      Tudo de bom. Beijinhos!

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  5. No fundo, quantas vezes nos interrogamos sobre o sentido da nossa frágil condição humana ... A vida é assim mesmo e o seu poema é um alerta para essa situação.
    Abraço de poética amizade.
    Juvenal Nunes

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  6. Olá amigo Juvenal!
    Assim é a vida, e as suas vicissitudes e incoerências.
    Grato, pela visita e gentil comentário.
    Boa semana!
    Abraço poético!

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