Este poema é dedicado a todas as mulheres que foram vítimas de violação.
Nasces sem mácula, pura
Te sujam, te mancham
Que dor que sentes, que raiva!
Cresces perturbada, confusa, petrificas
Deixas de sentir, de amar...
O teu coração gelou, criatura frágil
Ingénua, assustada
Acorda desse sufoco, renasce
Aprende de novo a viver
A amar, a sentir, luta!
Contra a dor que te consome
A vida...
Vale sempre a pena ser vivida
Para além da dor que nos consome
Quem nos castra os sentidos, e emoções
Lembra-te...
Há sempre alguém, para te amar...
Mário Margaride