No chão cinzento e molhado da floresta
Jaz inerte, uma árvore já velha, e carcomida
Que o vento forte, e o peso da idade
Ajudaram a cair
Sem força, e o vigor de outrora
Lutou enquanto pode, para resistir
Mas já velha e cansada, nada pode fazer
Apesar de tudo, não se deu por vencida, não desistiu!
A custo, e sacrifício, começou lentamente a erguer-se
Até ficar completamente de novo em pé
Embora debelitada, criou novas raízes
Que se multiplicaram
E que formaram novamente, uma nova árvore
E outras mais, que se seguiram
Até se transformar, numa bela e verdejante floresta...
Nem toda a árvore que cai, consegue de novo erguer-se!
É preciso força, coragem, determinação
Para não se deixar abater de vez, e morrer
Foi difícil, e penoso!
Àquela árvore caída, levantar-se de novo
Mas conseguiu!
Orgulhosa...!
Pôde então... morrer descansada.
Mário Margaride