Somos artistas sem arte
neste palco em rodopio
somos alma, somos povo
que emerge num tempo novo
nas frescas margens do rio.
Somos prisioneiros do tempo
num tempo que não tem fim
no meio de tudo e de nada
esperando pela alvorada
com cores de azul, carmim.
Caminhamos entre margens
onde a estrada nos conduz
envoltos na opacidade
com falsa claridade
onde não vemos a luz...
Mário Margaride