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quarta-feira, 12 de maio de 2021

NOS BRAÇOS DA MADRUGADA

 

Adormecemos... 

na penumbra dos nossos pensamentos 

nos braços calmos da noite

que nos absorve no seu seio

envoltos na neblina da quimera 

no universo dos sonhos 

que devoram a nossa mente 

rabiscada de falsas ilusões. 


Nos braços da madrugada 

ao romper da aurora 

o sol nasce de mansinho 

dando luz e calor... 

á nossa solidão. 


Mário Margaride 










segunda-feira, 10 de maio de 2021

EM BUSCA DA LIBERDADE


Tu que ris, pássaro triste

Quando te apetece chorar

Que voas sem rumo ou norte

Viajas sem passaporte

Sem um cais onde aportar.


Tu! Viajante da noite

Que não vês a luz do dia

Caminhas de olhos vendados

Por caminhos empedrados

Sem encontrares alforria.


Tu! Viajante no tempo

Que percorres o mundo inteiro

Em busca de um mundo novo

Por muito que corras, povo!

Nunca chegarás primeiro.


Mário Margaride





sábado, 8 de maio de 2021

LUZ NA ESCURIDÃO


Quando sorrimos...

O nosso sorriso se espalha no ar

Contagiando a atmosfera

Dando-lhe alegria, e cor

Quando choramos...

O Mundo também chora

O nosso coração entristece

Há neblina dentro de nós

O Mundo... Precisa de cor, de alegria

De sorrisos abertos

Temos que fazer sorrir a tristeza

Dar luz à escuridão

Ser o oásis, neste deserto árido

Em putrefação

Temos que ser a voz do silêncio

A aurora da esperança

Temos que ser a luz...

Na escuridão.


Mário Margaride 


quinta-feira, 6 de maio de 2021

ÁRVORE CAÍDA

 

No chão cinzento e molhado da floresta

Jaz inerte, uma árvore já velha, e carcomida

Que o vento forte, e o peso da idade

Ajudaram a cair


Sem força, e o vigor de outrora

Lutou enquanto pode, para resistir

Mas já velha e cansada, nada pode fazer

Apesar de tudo, não se deu por vencida, não desistiu!

A custo, e sacrifício, começou lentamente a erguer-se

Até ficar completamente de novo em pé


Embora debelitada, criou novas raízes

Que se multiplicaram

E que formaram novamente, uma nova árvore

E outras mais, que se seguiram

Até se transformar, numa bela e verdejante floresta...


Nem toda a árvore que cai, consegue de novo erguer-se!

É preciso força, coragem, determinação

Para não se deixar abater de vez, e morrer

Foi difícil, e penoso!

Àquela árvore caída, levantar-se de novo

Mas conseguiu!

Orgulhosa...!

Pôde então... morrer descansada.


Mário Margaride