Estou em frente ao computador
Desinspirado, nada me ocorre
Há um vazio dentro de mim
São momentos...
Que não sabemos, o que pensar
De repente...
Lembramo-nos, de algo
Que nos aguça, a memória esquecida
Recuo então, no espaço e no tempo
Da minha infância
Lembro-me...
De um menino franzino
Irrequieto e triste...
Recordo uma criança pobre, e infeliz
Uma lágrima...
De repente escorre, pelo meu rosto
Aturdido!
Pensei em parar, mas...
Continuei...
Rebuscando no baú das minhas memórias
Infelizes, mas reais
Imagens longínquas
Recordo o menino, pobre e triste
Que tinha fome... E não tinha pão
Arrepio-me, só de lembrar-me!
Decido então...
Repor novamente no sótão
O baú das memórias
Para que repouse em descanso
Guardando no seu seio...
Imagens, que são marcas, que nos marcam
E que fazem de nós, o que somos hoje
Nesta passagem, da nossa existência.
Mário Margaride
O passado que vivemos é marca indelével daquilo que somos.
ResponderEliminarAbraço amigo.
Juvenal Nunes
Sem duvida amigo Juvenal.
EliminarObrigada, pelo comentário.
Abraço amigo.
Sempre fui uma criança pobre. Muito pobre mesmo. Mas nunca fui infeliz. Brinquei, corri, joguei à bola, ao pião, à corda, à cabra cega, fui aos ninhos, roubei fruta nos quintais. Pobre sim. Infeliz não
ResponderEliminar.
Feliz fim de semana …Abraço de amizade.
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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Olá, amigo Ricardo!
EliminarCada um tem de nós teve a sua infância. Uns mais felizes, outros menos felizes, uns com berço de ouro, outros de palha. A vida é o que é.
Ainda bem que o amigo não teve uma infância infeliz.
Obrigada, pelo comentário.
Feliz fim de semana, igualmente para si.
Abraço amigo.
Oi Mário poema um pouco triste mas é lindo de se ler ...
ResponderEliminarCom carinho tenha um maravilhoso fim de semana de muita luz !
Bjinhos 💐愛💝🙏
Olá, Cris!
EliminarMuito Obrigado, pelo carinhoso comentário...
Feliz fim de semana para ti também.
Beijinhos carinhosos... 😘🌹❤️
me estou a ler aqui pois eu tambem fui assim mas tinha amor da minha avo que foi ela quem me criou e me deu tudo o que sei hoje mas foi muito duro até aos meus 12 anos pois a minha mae nos abandenou para seguir o homem que ela pensava que era o homem da vida dela mas o amor da minha avo esse nunca nos faltou e hoje sou quem sou graças a ela a vida ela é assim desejo tudo de bom para si amigo bjs saude
ResponderEliminarOlá, Isa!
EliminarA vida é mesmo assim. Cada um de nós teve a infância que teve... Umas mais felizes, outras menos...
Este poema, reflete recordações, que me assaltaram a memória... Agora estão de novo no baú, bem guardadas.
Obrigada amiga Isa, pelo teu comentário.
Beijinhos, e bom fim de semana!
Também não fui(nem sou) muito feliz...
ResponderEliminarAbraço solidário, Mário!
É assim a vida minha amiga...
EliminarSão águas passadas. Que não sei porque, me assaltaram a memória...!Mas já lá estão bem guardadas no sótão das recordações...
Obrigada, amiga São.
Beijinhos, e feliz fim de semana!
Mário, espero/desejo que o menino irrequieto e triste, pobre e infeliz seja hoje um homem feliz.
ResponderEliminarAdorei este tristinho poema. Recordei a minha infância feliz.
Beijo muito amigo, bom fim-de-semana.
Amiga Teresa, foi um momento em que as recordações da infância me assaltaram a memória. Mas já lá estão guardadas no sótão, bem fechadas no baú.
EliminarHoje, vou vivendo o meu dia a dia da melhor maneira possível.
Muito Obrigado, pelas simpáticas palavras que aqui deixou.
Votos de ótimo fim de semana!
Beijinhos!
Amigo Mário, agora fui eu que me emocionei.
ResponderEliminarAs recordações da infância são marcantes, e mais ainda, quando foram de um menino triste.
À medida que vamos envelhecendo, essa longínquas imagens ficam mais presentes e deixam-mos melancólicos.
Guardá-las no sótão, dentro do baú das memórias, pode ser uma solução, ou então, deitá-las cá para fora, como tão bem o meu amigo fez, neste seu poema.
Um grande abraço.
Fê
Amiga Fê, estas recordações surgiram assim de repente. Foi uma espécie de nostalgia que assaltou a minha memória.
EliminarMas é como disse, e bem. Vamos envelhecendo, e surgem estas recordações. Mas já lá estão no sótão bem guardadas.
Agradeço, as palavras solidárias que aqui deixou, minha amiga.
Votos de um excelente fim de semana!
Beijo, de sincera amizade.
Por mais que fechem o baú, elas aparecem...
ResponderEliminarGuardamos sempre no fundo, o menino/a que fomos...
Não sendo rica, não me faltaram bens materiais, só atenção e carinho...
Costuma-se dizer que cada um tem a sua cruz...
Bom fim de semana. Beijinhos.
~~~~~
Olá, amiga Majo.
EliminarÉ verdade. Por muito que fechemos o baú, as memórias acabam sempre por aparecer. Mesmo que não queiramos...
No fundo... Fazem de nós, são a nossa identidade.
Obrigado, estimada amiga Majo. Pelas suas palavras.
Bom fim de semana, igualmente para si.
Beijinhos!
🍀✌
Eliminar😘🌹
EliminarLogo no início de seu magistral poema, disseste que sente desinspirado, que nada lhe ocorria pra escrever, e o vazio que sentia.... Tão normal esse momento, querido poeta. Penso que acontece essa falta de inspiração a muitos que escrevem. Quando me ocorre, deixo-me ficar um tempo sem escrever . Não temos essa obrigatoriedade de estar em dia com nossos escritos. Passa. Logo algo nos chama a atenção e a verve para um mote desponta em nosso íntimo.
ResponderEliminarLembranças da infãncia, que maravilha , quando se foi uma infância feliz. Se não, apenas lembranças e logo o momento presente nos chama. Parabéns . Gostei muito. Abraços ...
Olá, amiga Lucia.
EliminarHá momentos na nossa vida, que estas situações acontecem.
E a nostalgia da nossa infância, emerge dos escombros do passado. No fundo...faz parte de nós, é a nossa identidade.
Seja mais, ou menos feliz.
Muito Obrigado, amiga Lucia. Pelas tuas simpáticas palavras.
Votos de um excelente fim de semana!
Beijinhos!
Olá Mário!
ResponderEliminarPoema lindo de um menino triste eu acho que não serias só tu um menino triste porque eu era uma menina como tu descreves no teu poema tinha que trabalhar sempre o meu pai com 6 anos eu tinha que trabalhar no campo de sol a sol o que faz hoje uma menina de 6 anos eu vejo pelas minhas netas a única coisa que fazem é andar com o telemóvel na mão e são cinco e todas elas têm um e depois dizem que a vida está má isso foi para ti e para mim e muitos mais meninos tristes não achas? Um beijinho e um bom fim de semana.
Olá, Natércia!
EliminarSim, é verdade. Não fui o único menino pobre e triste que existiu. Muitos outros meninos e meninas sofreram a mesma coisa. Mas eu aqui falo de mim. Da minha infância, da minha realidade.
É igualmente verdade, que nessa altura, as crianças de famílias pobres, tinham que começar a trabalhar muito cedo para ajudar a família. Eu comecei a trabalhar com 12 anos. Hoje, isso é considerado trabalho infantil. Mas na minha geração, não era. Como sabes perfeitamente. Ainda bem que hoje as coisas são bem diferentes. No entanto... Ainda há muitas crianças pobres e tristes, infelizmente...
Obrigada, amiga Natércia, pelo teu comentário.
Beijinhos e bom fim de semana!
Olá, amigo Mário, a sua visita ao tempo da infância, que embora tenha sido pobre e triste, certamente tinha as suas alegrias e sonhos, pois não fosse assim, não teríamos o poeta que temos. Parabéns, poeta, pelo poema que deve ter resgatado muita coisa boa que o acompanha até esses dias em que enfrentamos uma pandemia.
ResponderEliminarUm bom domingo.
Grande abraço.
Olá, amigo Pedro!
EliminarÉ verdade. Foi uma visita ao baú das memórias. Memórias essas, que marcaram o meu percurso de vida. Depois, vamos trilhando o nosso caminho, com as vicissitudes que a vida nos impõe.
Muito Obrigado, pelas simpáticas palavras que aqui deixou.
Votos de um bom domingo.
Abraço de amizade.
Meu amigo, tenho a sensação, que quanto mais avançamos na idade, mais as memórias da infância vêm ao nosso pensamento. O passado nos moldou e os momentos especiais, ficaram marcados para sempre no nosso coração, soltando-se por vezes do baú das recordações.
ResponderEliminarSentido, profundo e belíssimo poema.
Beijinhos
Olá, amiga Maria!
EliminarAssim é minha amiga. Com o avançar na idade, vem à memória a nossa infância. A vida é mesmo assim.
Hoje, a vida continua com as suas derivas e vicissitudes.
O passado, a infância, ficam agora bem guardadas no baú das recordações.
Muito Obrigado, pelas simpáticas palavras que aqui deixou.
Bom domingo, amiga Maria!
Beijinhos!
Olá, amigo Mário, que belíssimo poema, arranca as mais puras emoções de quem o lê. Crianças não deveriam ser tristes, mas aí penso, como não? Como ser alegre e feliz em condições meio precárias? Mas tudo passa, e ficam apenas recordações que vão, com o tempo, sumindo...sumindo...até ficarem turvas.
ResponderEliminarBeijinhos, um bom domingo.
Olá, amiga Tais!
EliminarÉ verdade minha amiga. Mas infelizmente existirão sempre crianças tristes e infelizes. Na minha época, nas famílias pobres como a minha, as crianças tinham que ir trabalhar para ajudar a família. Comecei a trabalhar com 12 anos. Nessa época, não era considerado travo infantil. Hoje sim, já o é. Como se percebe, perdi toda a minha infância e adolescência a trabalhar... Enfim... Tempos que já lá vão.
Essas memórias já as guardei, bem lá no fundo do baú das recordações.
Muito Obrigado, amiga Tais, pelas suas palavras.
Beijinhos e bom domingo!
Mário,
ResponderEliminarNossas memórias alegres
ou tristes
são sempre nossas e
se tornam
enredos para para
nossa poesia.
Bjins de domingo.
CatiahoAlc.
Olá, Catiaho!
EliminarAssim é minha amiga.
Muito Obrigado, pela visita e comentário.
Votos de uma excelente semana!
Beijinhos!
Boa noite Mário,
ResponderEliminarUm poema de memórias belíssimo.
Pena não ter sido uma criança feliz.
Todas as crianças de todos os tempos deviam ter amor, pão, habitação e felicidade.
Beijinhos,
Ailime
Olá, Ailime!
EliminarA realidade é o que é. Faz parte de nós. É a nossa identidade.
Muito Obrigado, pelas palavras que aqui deixou.
Votos de uma excelente semana!
Beijinhos!
ResponderEliminarMe emocionei, me arrepiei ao ler a infância dessa criança, que eras tu; só que acontecia a muitas...a infância deveria ser relembrada com momentos felizes,..A minha prefiro a deixar onde está...
Beijinhos
Olá, Lena!
EliminarÉ verdade... Foi a infância que tive. E este texto, ou poema. Foi um momento nostálgico que assaltou a memória.
Mas, já está no baú das memórias bem guardado no sótão. Para lá ficar eternamente.
Uma boa semana, Lena!
Beijinhos!