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quarta-feira, 9 de junho de 2021

NO FUNDO DAQUELA GAVETA


No fundo daquela gaveta

encontrei teu coração

em papel velho embrulhado

amachucado

prostrado naquele chão. 


Com cuidado

desembrulheio

dei-lhe carinho e amor

agora esse coração

que estava desolado

em papel velho

embrulhado

palpita de emoção. 


Esse coração desfeito

pulsa agora com vigor

enérgico

cheio de amor

bem dentro desse teu peito!


Mário Margaride 


segunda-feira, 7 de junho de 2021

GOSTAVA QUE OUVISSES AS MINHAS PALAVRAS


Gostava que ouvisses as minhas palavras

Por vezes emagreço-as

Para que assim, as consigas ouvir melhor

Não as quero demasiado gordas

Quero-as esbeltas, delgadas

Para que entrem fácilmente

Dentro dos teus ouvidos.


Os ventos da incerteza

Da inquietação

Ainda costumam afugenta-las

Tempestades de insegurança

Por vezes as desviam

Dos teus ouvidos surdos

Atacados por otites de incompreensão

E infeções de insegurança

Não consegues escutar as outras vozes

Dentro da minha voz dorida.


Escuta as minhas palavras

Segue os seus passos

As suas súplicas

Apesar de não escutares as minhas palavras

Eu ouço as tuas, ouço as tuas.


Mário Margaride 

Desenho de minha autoria 


sábado, 5 de junho de 2021

ACABEM!


Acabem as mordaças em seres calados

Até perante a ofensa

Qual animal que não pensa

Por isso, são tão regrados.


Acabem as vendas em olhos fechados

Cegos para o que os rodeia

Envoltos na cega teia

Por isso, são tão regrados.


Acabem as amarras em condenados

Serviçais de corpo e alma

A quem o chicote acalma

Por isso, são tão regrados.


Acabem os tiques, inúteis, estéreis

Curros e guias de débeis

Que nunca ousaram ir além.


Acabem! Pois castram a nossa essência

E numa afronta à decência

Reduzem-nos a ninguém.


Mário Margaride 


quinta-feira, 3 de junho de 2021

NO ARDOR DO DESEJO

 

Noites loucas de amor e de paixão... 

Onde o fervor se instala incandescente

E as bocas se beijam ardentemente 

E o desejo se estende, pelo chão... 


No ar fica o cheiro e o perfume... 

Onde o ardor do desejo, é impaciente 

A volúpia da paixão, está presente 

E os corpos ardem, como lume...


Os beijos são fogo, que incendeiam... 

As mãos se entrelaçam e se enleiam

E os corpos se enrolam num abraço... 


Neste fogo onde a paixão anda no ar...

O fervor se instalou, de par em par 

Nesta dança onde se dança...sem compasso.


Mário Margaride