TODOS OS TEXTOS AQUI POSTADOS TÊM DIREITOS DE AUTOR. É EXPRESSAMENTE PROIBIDO COPIAR OU COLAR QUALQUER TEXTO AQUI EXPOSTO SEM O CONSENTIMENTO DO AUTOR.

quinta-feira, 22 de abril de 2021

O VAZIO


O vento...

Arrasta as folhas secas do chão

Onde tu estavas

Aquele lugar...

Ficou triste e melancólico

O Sol já não aquece

Esse lugar gelado

Deixado por ti

Na tua ausência...

Disperso-me

Já não penso

Divago em várias direções

Tudo é complexo, difuso

Não consigo raciocinar

Há um vazio asfixiante

Como se de repente...

Me retirassem os pulmões

Estou cansado

Extenuado

Deito-me no sofá...

E deixo-me adormecer

À noite...

O vazio de ti está lá

Na minha cama

Então aí...

Convenço-me

Que nada mais há a fazer

Acabou.


Mário Margaride

Abril-2007




segunda-feira, 19 de abril de 2021

SEREI

 

Serei a tu fonte, de inspiração

Neste vazio cinzento em que te encontras

Serei a alma, a essência, a emoção

Neste mundo de tristezas, e de afrontas.


Serei a tua força, a tua coragem

Que dentro de ti, desapareceu

A luz que te orienta, na viagem

Nesta estrada tortuosa, em apogeu.


Te guiarei no escuro, para não teres medo

Caminharemos juntos, nesse caminho

Derrubarei os muros, do teu degredo

Para voares livre, tal qual, um passarinho.


Serei o rumo, e o teu destino

Que nesta encruzilhada, percorremos

Serei a chuva, o Sol, e o desatino

Que nesta viagem de sonho, escolhemos.


Mário Margaride 



sexta-feira, 16 de abril de 2021

ESPERO VER O TEU OLHAR


Na noite escura

Do céu infinito

Sentado entre galáxias

Entre as estrelas

Cintilantes do céu

Espero que a lua

Reflita em mim

O teu olhar


Sentado nas nuvens

Adormeço...

Num sono profundo

E tranquilo

No crepúsculo da noite

Na aurora de um novo dia

Espero ver o teu olhar

Na estrela mais linda...do céu.


Mário Margaride 


quarta-feira, 14 de abril de 2021

TROVA DE UM RIO TRISTE


Pergunto ao rio que corre

Porque está triste e infeliz

Por muito que perguntemos

O rio nada nos diz


Ao percorrermos as margens

Quer para cima, quer para baixo

Pobre rio que anda triste

Sempre e sempre, cabisbaixo


Rio que sofre em silêncio

Sem fazer grande alarido

Porque outros rios maiores

Já fazem, muito ruído


Rio pequeno sem força

Com caudal pouco profundo

Já pouca importância tem

Para poder gritar ao Mundo


Outros rios com mais força

Com muitos afluentes

Juntaram as suas águas

São agora imponentes!


Pobre rio que é pequeno

E sem forças para lutar

Olha triste para as margens

Pois só lhe resta chorar...


Mário Margaride