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segunda-feira, 19 de abril de 2021

SEREI

 

Serei a tu fonte, de inspiração

Neste vazio cinzento em que te encontras

Serei a alma, a essência, a emoção

Neste mundo de tristezas, e de afrontas.


Serei a tua força, a tua coragem

Que dentro de ti, desapareceu

A luz que te orienta, na viagem

Nesta estrada tortuosa, em apogeu.


Te guiarei no escuro, para não teres medo

Caminharemos juntos, nesse caminho

Derrubarei os muros, do teu degredo

Para voares livre, tal qual, um passarinho.


Serei o rumo, e o teu destino

Que nesta encruzilhada, percorremos

Serei a chuva, o Sol, e o desatino

Que nesta viagem de sonho, escolhemos.


Mário Margaride 



sexta-feira, 16 de abril de 2021

ESPERO VER O TEU OLHAR


Na noite escura

Do céu infinito

Sentado entre galáxias

Entre as estrelas

Cintilantes do céu

Espero que a lua

Reflita em mim

O teu olhar


Sentado nas nuvens

Adormeço...

Num sono profundo

E tranquilo

No crepúsculo da noite

Na aurora de um novo dia

Espero ver o teu olhar

Na estrela mais linda...do céu.


Mário Margaride 


quarta-feira, 14 de abril de 2021

TROVA DE UM RIO TRISTE


Pergunto ao rio que corre

Porque está triste e infeliz

Por muito que perguntemos

O rio nada nos diz


Ao percorrermos as margens

Quer para cima, quer para baixo

Pobre rio que anda triste

Sempre e sempre, cabisbaixo


Rio que sofre em silêncio

Sem fazer grande alarido

Porque outros rios maiores

Já fazem, muito ruído


Rio pequeno sem força

Com caudal pouco profundo

Já pouca importância tem

Para poder gritar ao Mundo


Outros rios com mais força

Com muitos afluentes

Juntaram as suas águas

São agora imponentes!


Pobre rio que é pequeno

E sem forças para lutar

Olha triste para as margens

Pois só lhe resta chorar...


Mário Margaride 


segunda-feira, 12 de abril de 2021

INQUIETAÇÃO

 

Gravo na pedra o meu grito

Que no silêncio suporta a minha dor

Gravo na lápide do desalento, a esperança

Deixo a porta da cela, o rancor


Não há fechadura, chave, nem grilhetas

Carrasco, guarda, ou ladrão

Há no chão, encarcerado, moribundo

O desalento, a dor, a inquietação


Aquele chão negro da tristeza

O verde da esperança pintará

Naquela cela escura, cor da morte

O sol da alegria chegará


O silêncio mudo ganha voz

E esse corpo inerte se levanta

Dando vida á morte que há em nós

Com o grito preso, na garganta!


Mário Margaride