Quando olho para o espelho
Supostamente, vejo o reflexo de mim
Todavia, engano-me
Não é o meu reflexo que vejo
Mas sim, a face visível de mim
Porque o verdadeiro reflexo
O verdadeiro eu! Esse!
Esconde-se...
Dentro dessa face visível.
Mário Margaride
AS PALAVRAS SÃO A ESSÊNCIA DA POESIA- E DÃO CORPO E ALMA...À SUA VOZ... SEJAM BEM-VINDOS!
Quando olho para o espelho
Supostamente, vejo o reflexo de mim
Todavia, engano-me
Não é o meu reflexo que vejo
Mas sim, a face visível de mim
Porque o verdadeiro reflexo
O verdadeiro eu! Esse!
Esconde-se...
Dentro dessa face visível.
Mário Margaride
Quantas vezes desejei, e não quiseste
Quantas vezes pensei, que tu querias
Quantas vezes te chamei, e não vieste
Quantas vezes julguei, que tu virias...
Quantas vezes foste, o que sonhei
Quantas vezes não foste o que sonhava
Quantas vezes tanto imaginei
Quantas vezes tantas, me enganava...
Mário Margaride
Diambulo pelos muros da incerteza
Olhando de soslaio
Pela esquina do tempo
Que se esconde preguiçosa
Atrás do cadeirão da inércia
Não abrindo a portas
Nem janelas
Deixando trancada
A incerteza, o medo...
A inquietação.
É preciso arejar está casa
Deixar o sol entrar
Pelas frinchas entreabertas
Deste enorme universo dimensional
Que nos absorve
Nos asfixia
Nos engole...
Na esquina do tempo.
Mário Margaride
Como seria bom o vento falar
Falar de amor, de confiança
De solidariedade, de amizade
De como estes sentimentos
São a essência do nosso ser
O nosso equilíbrio emocional.
Se o vento falasse...
Ouvíamos a sua brisa nos lembrar
O quanto somos tantas vezes
Egoístas, ingratos
Injustos
Para com quem nos ama
Quem nos quer bem.
Mas o vento não fala
Por isso...
Temos que ser nós
A dar essa brisa
Essa lufada de ar fresco
A todo o nosso sentir
A todas as nossas emoções
Para sermos um pouco
Mais justos
E mais felizes.
Mário Margaride