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sexta-feira, 20 de novembro de 2020

Silenciosamente

 Muitas vezes...

Contemos as lágrimas que nos doem

Que nos ferem

Contemos prantos sufocados

Com o nó na garganta

Gritamos em silêncio

Para não acordarmos a dor

Que dorme

Silenciosamente...

Dentro de nós.


Mário Margaride



quarta-feira, 18 de novembro de 2020

Todos os dias

Todos os dias são dias de tudo

Onde tudo acontece

As sombras emergem

As amarras se apertam

O sol desaparece

O mar se agiganta

O vento fustiga

A chuva aparece.


E então num instante...

Mesmo que não esperemos

Tudo vira ao contrário

O que outrora era pedra

Num toque de magia

Vira diamante.


E assim são os dias

Os meses os anos...

Em que isto acontece

Porque somos humanos!


Mário Margaride






domingo, 15 de novembro de 2020

Noite

Sento-me na cama...

E adormeço

O cansaço me devora

A rotina dos dias...

Absorve a minha mente

Devastando o meu corpo frágil

Perdido entre os lençóis amarrotados

Deixando-se adormecer...

Neste limbo em que me encontro

O sono e a noite...

Tomam conta de mim.


Mário Margaride



quinta-feira, 12 de novembro de 2020

No ventre do teu mar sem fim

 


Gostava de te ter aqui 

Sentada no colo do vento

Onde o barulho não se ouve

E a dor não se sente

Gostava de estar aí

No ventre do teu mar sem fim

Mergulhar nas tuas ondas

E deixar-me flutuar

Ao sabor da maré

Que me levará ao infinito do tempo

Do tempo que o tempo

Nunca poderá alcançar.


Viajar através do sol

Que nasce no horizonte dos sonhos

No mar das ilusões

Onde as sereias cantam

Canções de embalar

Onde adormeço

Num sono sem fim

Onde um cavalo alado

Me levará

Até ao jardim verdejante

Onde unicórnios azuis

Galopam livremente

Em cavalgadas compassadas

Pelas planícies da esperança


Mário Margaride