Muitas vezes...
Contemos as lágrimas que nos doem
Que nos ferem
Contemos prantos sufocados
Com o nó na garganta
Gritamos em silêncio
Para não acordarmos a dor
Que dorme
Silenciosamente...
Dentro de nós.
Mário Margaride
AS PALAVRAS SÃO A ESSÊNCIA DA POESIA- E DÃO CORPO E ALMA...À SUA VOZ... SEJAM BEM-VINDOS!
Muitas vezes...
Contemos as lágrimas que nos doem
Que nos ferem
Contemos prantos sufocados
Com o nó na garganta
Gritamos em silêncio
Para não acordarmos a dor
Que dorme
Silenciosamente...
Dentro de nós.
Mário Margaride
Todos os dias são dias de tudo
Onde tudo acontece
As sombras emergem
As amarras se apertam
O sol desaparece
O mar se agiganta
O vento fustiga
A chuva aparece.
E então num instante...
Mesmo que não esperemos
Tudo vira ao contrário
O que outrora era pedra
Num toque de magia
Vira diamante.
E assim são os dias
Os meses os anos...
Em que isto acontece
Porque somos humanos!
Mário Margaride
Sento-me na cama...
E adormeço
O cansaço me devora
A rotina dos dias...
Absorve a minha mente
Devastando o meu corpo frágil
Perdido entre os lençóis amarrotados
Deixando-se adormecer...
Neste limbo em que me encontro
O sono e a noite...
Tomam conta de mim.
Mário Margaride
Gostava de te ter aqui
Sentada no colo do vento
Onde o barulho não se ouve
E a dor não se sente
Gostava de estar aí
No ventre do teu mar sem fim
Mergulhar nas tuas ondas
E deixar-me flutuar
Ao sabor da maré
Que me levará ao infinito do tempo
Do tempo que o tempo
Nunca poderá alcançar.
Viajar através do sol
Que nasce no horizonte dos sonhos
No mar das ilusões
Onde as sereias cantam
Canções de embalar
Onde adormeço
Num sono sem fim
Onde um cavalo alado
Me levará
Até ao jardim verdejante
Onde unicórnios azuis
Galopam livremente
Em cavalgadas compassadas
Pelas planícies da esperança
Mário Margaride