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segunda-feira, 9 de novembro de 2020

Sou



Sou tempestade de areia

Que no deserto se agita

Sou a voz que não se ouve

Mas que fala, mas que grita.


Sou a voz da consciência

Que acorda moribundos

Sou a luz da minha sombra

Que brilha entre dois mundos.


Sou a outra parte de mim

Que há muito de mim fugiu

Sou o eu, que em mim habita

Que nunca de mim saiu.


Sou a árvore que renasce

Da raiz da minha morte

Sou a força da inércia

Que dá outro rumo ao norte.


Sou a dor que dói em mim

Sou a outra face da lua

Sou o cavaleiro andante

Que em seu cavalo, flutua.


Mário Margaride



sexta-feira, 6 de novembro de 2020

Quando

 


Quando, sem haver prévias palavras

Se partilham as mesmas sensações

Se vivenciam semelhantes emoções

Mesmo que as vidas decorram separadas.


Basta um sorriso, um gesto ou um olhar

Para que haja, entre afins, entendimento

E comunguem do mesmo pensamento

Sem precisarem, sequer, de o formular.


E a maior evidência ocorre quando

Existe tanta e tal cumplicidade

Que agem em total conformidade

Como quem vive dançando o mesmo tango.


Mário Margaride




quarta-feira, 4 de novembro de 2020

Não deixemos que impeçam

 

Nas escadas

Que temos que subir

Para chegarmos ao cimo

Ao cume

Há degraus que faltam

Que não existem

Que nos dificultam a subida.

Por vezes...

Nos desencorajam

Nos demovem

De continuarmos nessa subida

Nessa epopeia

De subirmos ao topo

Ao cimo da montanha.

Esses degraus que faltam

Que não existem

Não deixemos que impeçam

A nossa vontade

A nossa determinação!

De conquistarmos o topo

O teto

Da nossa felicidade.


Mário Margaride



segunda-feira, 2 de novembro de 2020

Recordações

 

Fui alguém, que não dançando, dançou

E fui quem passou momentos tais...

No corpo e na alma tão reais...

É quem o som da música, em mim ficou.


Tantas canções ouvi, que me encantaram!

Muitas dancei, lindas demais...

Outras tristes, sofridas, sempre iguais

Que dentro dos meus ouvidos, lá ficaram.


Melodias, que no meu disco, gravei

No sótão das recordações, guardei

Canções que nas quais eu me revi...


Neste disco de memórias, intemporais

Que a música se propaga, nos anais

Nas danças que dancei...e que vivi...


Mário Margaride