As noites são o repouso das ilusões
onde depositamos os sonhos e as utopias
no ventre fecundo da madrugada
que germina fetos de esperança
nas entrelinhas dos sonhos por sonhar...
Mário Margaride
Beijos e abraços!
AS PALAVRAS SÃO A ESSÊNCIA DA POESIA. ELAS SÃO O CORPO, A ALMA...E A SUA VOZ. SEJAM BEM-VINDOS!
As noites são o repouso das ilusões
onde depositamos os sonhos e as utopias
no ventre fecundo da madrugada
que germina fetos de esperança
nas entrelinhas dos sonhos por sonhar...
Mário Margaride
Beijos e abraços!
O chão não é o limite de tudo
há nas suas entranhas
túneis por descobrir
catacumbas vivas
que encerram em si restos de luz
que os sonhos ali deixaram
para guiar os nossos passos
Nas entranhas do chão
onde percorremos no tempo
as fissuras deixadas na pele
se escondem sortilégios raros
relíquias por descobrir
O chão não é o limite de tudo
há escondidos nas suas entranhas
minérios raros
que esperam serem explorados
pelo poder intrínseco
da nossa imaginação.
Mário Margaride
É mar revolto, que grita
em noites de vendaval
ondas tremendas agita
apesar de ator, não faz fita
neste mundo surreal
É vagabundo que passa
muitas noites sem ter graça
e sofre como um penitente
corre sempre ao contrário
não se assusta, é temerário
e pega o touro de frente!
Correndo através do tempo
sempre em galope constante
este Cavalo, sem arreios
mesmo não usando freios...
não se cansa um só instante.
Mário Margaride
Beijos e abraços!
Somos pedaços de tudo e de nada
esvoaçando pelo ar em desalinho
partículas ao vento
que enchem os céus de várias cores
Somos a essência visível
do invisível de nós
fragmentos expostos ao caos
no universo disperso
nas galáxias das ilusões
Somos pedaços de tudo e de nada
voando sem asas nem controlo
das nossas contradições.
Mário Margaride
06-06-2025
Vesti a pele de outras peles
nem sempre com o tamanho certo
devorei ervas daninhas
no chão quente do deserto
Andei aqui e ali
cantei canções de embalar
andei no chão sem ter chão
sem as pernas para andar
Fui vendedor de ironias
conheci mundos escuros
andei por vielas sombrias
em equilíbrio nos muros
Morri, renasci, acordei
percorri rios sem água
sem caudal mergulhar
mergulhei na minha mágoa
Neste percurso assimétrico
onde os passos não andavam
fiquei parado nos sonhos
naqueles que não sonhavam.
Mário Margaride
04-06-2025
Beijos e abraços!