Para além do horizonte
desconheço a fronteira
não sei o que lá habita
se um Deus, se um Eremita
um Duende, ou Feiticeira
Para além do horizonte
a fronteira se dilui
o preto, pode ser branco
ou então, de todas as cores
prisão para condenados
paraíso dos amores
Para além do horizonte
o silêncio tem ruído
o odiado, é querido
a dor, um doce tormento
a euforia, um lamento
o encontrado, perdido
Para além do horizonte
já não sei o que lá habita
se flutua, ou levita
para lá do horizonte.
Mário Margaride
Beijos e abraços!