No jardim da ilusão
onde o amor se disfarça
em sorrisos vazios
a felicidade dança na superfície
mas as suas raízes
estão enredadas em desespero.
A ilusão, o falso amor
é um ator habilidoso
declama palavras doces
mas sem essência
como um poema sem rima, sem alma
que nos deixa seduzidos
mas perdidos na aparência.
Cria uma falsa felicidade
usando como disfarce
uma máscara dourada
brilhando à luz do dia
mas à noite se desfaz
tal como um castelo de areia
lindo à vista
mas frágil sob as ondas implacáveis.
Procuramos o amor verdadeiro
a felicidade real
mas muitas vezes nos perdemos nas sombras
confundimos paixão, com posse
alegria efêmera
com contentamento duradouro.
Mas a verdadeira luta é interior
desvendar os véus
enfrentar os medos
encontrar o amor
fecundo e verdadeiro
e a felicidade que brota
das raízes profundas.
Não nos percamos
nas ilusões passageiras
pois o verdadeiro amor
a felicidade genuína
residem na honestidade do coração
e na aceitação de quem somos.
Mário Margaride
12-05-2024