A cidade dorme
envolta num silêncio cúmplice
abafando o grito inquieto
sufocado nas gargantas sequiosas
num pranto sofrido
pela injustiça
e pela indiferença.
Os sonhos se desvanecem
numa nuvem que passa
envolta num manto de desprezo
num riso de sarcasmo e podridão
onde os sonhos se esfumam como o vento
nos céus onde paira a frustração.
A cidade dorme
num sono profundo
onde os sonhos não sonham
os silêncios não gritam
onde as vozes sufocam
a dor contida...da inquietação.
Mário Margaride
30-05-2023