Somos feitos de uma massa que perdura
Para além do tempo e do espaço
Integrados num todo, somos feitos
De tudo e do nada, aos pedaços
Somos alma e matéria misturados
Num intenso dilema existimos
Vivemos num cínico marasmo
Duma réstia de vida fugidia
Numa amálgama imensa nos tornamos
Mortais sofridos, pela dor
Somos carne e mente controlados
Pela guerra, pelo medo, pelo pavor
Somos réstia de tudo e de nada
Na passagem desta vida fugidia
Em pó e cinza nos tornamos
Na existência triste...da alegria.
Mário Margaride
Março-2006