São gargalhadas sem riso
onde a graça não tem graça
apenas sons estridentes
do barulho da chalaça
São decibéis que ecoam
esteja chuva, sol, ou frio
onde o escárnio é Rei
neste enorme corrupio
São as línguas mal dizentes
como cobras cuspideiras
e quando abrem a boca
é uma carrada de asneiras
Neste vasto devaneio
onde tudo é dito à toa
quando as coisas acontecem
nunca sai lá coisa boa.
Mário Margaride
28-01-2025