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sexta-feira, 11 de outubro de 2024

A SOMBRA DA GUERRA


Nas profundezas da alma humana

a guerra deixa marcas indeléveis

cada explosão, cada grito, cada lágrima derramada

é um eco de dor que ressoa eternamente.

 

As cidades, outrora vibrantes e cheias de vida

transformam-se em ruínas silenciosas

testemunhas mudas da destruição.

 

Os corações dos sobreviventes

carregam o peso insuportável da perda

famílias desfeitas, sonhos despedaçados

esperanças enterradas sob os escombros.

 

A guerra não discrimina

ela rouba a inocência das crianças

a vitalidade dos jovens e a sabedoria dos anciãos.

 

No campo de batalha, a humanidade se perde

o soldado, antes um filho, um irmão, um amigo

torna-se uma máquina de sobrevivência

lutando contra inimigos invisíveis e medos abomináveis.

 

A compaixão é sufocada pelo instinto de sobrevivência

e a moralidade é distorcida pela necessidade de vencer.

 

Mas a guerra não termina quando os tiros cessam

As cicatrizes invisíveis permanecem

assombrando os sonhos

perturbando a paz interior.

 

O trauma se infiltra nas mentes

transformando a vida quotidiana

num campo minado de memórias dolorosas.

 

E, no entanto, no meio da escuridão

há uma chama de resiliência

a humanidade, apesar de tudo

encontra maneiras de se reconstruir

de curar, de perdoar.

 

A guerra pode destruir

mas não pode extinguir a capacidade humana de amar

de sonhar e de recomeçar.

 

Mário Margaride

10-10-2024



                                              Feliz fim de semana!
                                                 Beijos e abraços!

3 comentários:

  1. Consegues transmitir o horror da guerra e o drama das suas consequências inapagáveis , mas também nos ofereces o esplendor da esperança.

    Parabéns pelo belo poema!

    Te abraço com estima, meu caro amigo, bom fim de semana .

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  2. Que poemão, meu amigo Mário. Que final brilhante. Parabéns!
    Agradeço o comentário no Pétalas. Também lhe desejo um bom fim-de-semana.
    Beijo.
    (vou reler)

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  3. Importante tema e reflexões na tua poesia,.A guerra é triste e realmente não temina ao cessar fogo. Muiiiiiiitaas consequências mais! abraços, chica

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