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domingo, 25 de outubro de 2020

Ignoremos tudo

 



Ignoremos tudo.

Sepultemos bem fundo

As nossas consciências

As nossas culpas

A paixão pelos que sofrem

O estandarte da solidão

A miséria, a vergonha

A riqueza, a ostentação.


 

Ignoremos tudo.

Com inteligência e minúcia  

Para que tudo desapareça

Até ao mais ínfimo pormenor

Sem deixar rasto.


Uma réstia de olhar

Ficará pairando como um traço indefinido

Sobre o silêncio sepulcral de tudo ausente.

Onde não haverá vivalma

Não restará ninguém

Para vasculhar bem no fundo

E ver que afinal…

Nada está sepultado.



Mário Margaride





8 comentários:

  1. Que inveja boa de quem sabe utilizar tão bem as palavras e fazer assim poesias.
    Muitos parabéns!
    É muito bom passar por aqui.
    Beijinhos e boa semana

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  2. Muito obrigada amiga. Grato pela visita e pelo simpático comentário.
    Igualmente para si uma ótima semana!
    Beijinhos!

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  3. Respostas
    1. Obrigada, pela visita e comentário.
      Volte sempre!
      Ótima semana!
      Abraço!

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  4. Gosto das tuas palavras que falam..

    Beijinhos

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    1. Obrigada, Lena! É sempre um prazer a tua visita e comentário.
      Beijinhos!

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  5. Antes de ver este blog me he permitido un comentario en el otro blog A voz do povo sobre este poema, Ignoremos tudo.

    Obrigado.

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    1. Obrigada, amigo Fackel, pela visita e comentário. É um prazer ter a sua visita. Como agradeço a visita e comentário no blog A voz do povo.
      Seja bem vindo!
      Abraço!

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