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sábado, 21 de agosto de 2021

MAR...DA MINHA TRANQUILIDADE


O vento sopra levemente

soltando uma brisa refrescante

junto ao pontão, me debruço

olhando o Mar...

é manhã cedo

o sol acaba de nascer

timidamente

aos poucos, aquele lugar deserto

se enche de alegria e cor. 


O vento...intensifica-se

fustigando o meu rosto

até agora intranquilo

o tempo vai passando

e eu...

afasto-me daquele pontão

onde estive

contemplando o Mar

de águas salgadas, e límpidas. 


Mar imenso, infindável...

com ondas cristalinas

beijando a praia

de areia fina e aveludada

ali estive a ver o Mar

absorto...

na sua majestosa imponência

e imensidão

observando-o, até ao anoitecer. 


Depois...

saí daquele pontão

de coração aberto

e sereno...

me fez bem ver-o-mar

soltando as vagas, na praia

e me fez decidir...

que um dia

e mais outro dia...

em todas as horas

de todos os dias...

terei de lá voltar, ao Mar...

da minha tranquilidade.


Mário Margaride 


Feliz fim de semana! 
Beijos e abraços!... 

quarta-feira, 18 de agosto de 2021

QUERO SER


Quero ser dança, na tua alegria

ser música, ser riso, ser fantasia

ser espelho, ser eco, ser incentivo. 


Mas, para ver a luz do teu sorriso

sabes, que também me é preciso

ver na sombra da tristeza, o teu motivo. 


Mário Margaride 



segunda-feira, 16 de agosto de 2021

EXPERIMENTEM!


Não me peçam que fique sossegado

Se em redor, nada convida à quietude

Quem pensar que estou quieto só se ilude

Já estarei morto. Só não fui enterrado.


Quando me virem quieto e já calado

Se antes não disse, ou fiz tudo o que pude...

Cuidado!... Não vão ter uma atitude

Que me torne, sem querer, ressuscitado.


É que esta indignação que em mim habita

Dá-me força e poderes de mago ou bruxo

Que mesmo morto, ainda vive e levita.


E, com um pouco mais de sapiência

Ainda invectiva, reage e estrebucha

Experimentem exceder-me a paciência!


Mário Margaride



sábado, 14 de agosto de 2021

ROTINA


Todos os dias, todos os meses, todos os anos

em cada minuto, cada segundo, cada hora

sem desvios, novidades, ou enganos

que a rotina nos impõe, pela vida fora.


O cansaço, o tédio ou a revolta

se esvaem num leve açoite de memória

que logo se amordaça, vai e volta

todos os dias, todos os meses, a mesma história. 


O hábito, esse espartilho, esse embaraço

feito de gestos já impressos na vontade

é como grade, de indiferente e duro aço

que o desejo, nasce e morre, mas não arde.


Mário Margaride 




Feliz fim de semana! 
Beijos e abraços!