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quarta-feira, 26 de maio de 2021

HÁ SEMPRE ALGUÉM, PARA TE AMAR...

Este poema é dedicado a todas as mulheres que foram vítimas de violação. 



Nasces sem mácula, pura

Te sujam, te mancham

Que dor que sentes, que raiva!

Cresces perturbada, confusa, petrificas

Deixas de sentir, de amar...

O teu coração gelou, criatura frágil

Ingénua, assustada

Acorda desse sufoco, renasce

Aprende de novo a viver

A amar, a sentir, luta!

Contra a dor que te consome

A vida...

Vale sempre a pena ser vivida

Para além da dor que nos consome

Quem nos castra os sentidos, e emoções

Lembra-te...

Há sempre alguém, para te amar...


Mário Margaride 


segunda-feira, 24 de maio de 2021

MAS QUE IMPORTA!



Sinto a ausência do teu calor

tenho frio, aquece-me...

mas onde estás

que não te encontro

procuro-te há tanto tempo...

não me conformo com a tua ausência

és o meu sonho, eu sei

e os sonhos...

nem sempre se realizam

são sonhos...

mesmo assim...

busco a realidade de te encontrar

não sei quem és, como és...

de onde vens...

mas que importa!


Mário Margaride 


sexta-feira, 21 de maio de 2021

NÃO TE CONSIGO ALCANÇAR

 


Em sonhos  te encontrei 

sentada juntinho ao mar

estavas longe, muito longe!... 

não consegui te alcançar 


Pudera eu sair do sonho 

teu rosto acariciar

ter pés e mãos de gigante 

para te poder alcançar... 


Neste sonho em que te encontro 

corro para ti, junto ao mar

mas estás longe, muito longe!... 

não te consigo alcançar


Parecendo que estás tão perto 

estás longe do meu olhar 

minhas mãos são tão pequenas... 

não te consigo alcançar.


Mário Margaride 


























quarta-feira, 19 de maio de 2021

VENTOS QUE PASSAM

 

Sentimos dentro de nós... 

um cordão que nos enlaça 

por entre olhares de desdém 

e os risos da chalaça 


Nas pedras gastas da rua

que pisamos dia a dia 

estão lá marcadas as dores 

desta vida fugidia 


Numa rua ali á frente

uma criança nos espera 

numa das mãos, traz amor

e na outra, a primavera


Ventos fortes, tempestades 

não ficam para sempre, não! 

Vão abrandando e se acalmam... 

mudando de direção. 



Mário Margaride