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segunda-feira, 24 de março de 2025

NAS GRUTAS ESCURAS DO DESALENTO

  

Nas grutas escuras do desalento

ecos desconcertantes

nos invadem a alma

nos corrompem a razão

nos devoram os sentidos

confundem as emoções

 

Nas grutas escuras do desalento

onde a inquietação impera

e a solidão nos corrói

raios de luz, imergem

iluminando o nosso caminho

nestas grutas cor de breu

 

Nas suas entranhas fecundas

nas suas paredes rochosas

nascem raízes

que se multiplicam

se espalham no chão

de terra quente e fértil

nascendo árvores floridas

dando cor, perfume, alegria

à penumbra da escuridão.

 

Mário Margaride


sexta-feira, 21 de março de 2025

DEBRUÇO-ME NA VARANDA DO DESASSOSSEGO


Debruço-me na varanda do desassossego

onde vislumbro a inquietação

em constante frenesim


A revolta da inércia

espera no salão

onde a luta não dá tréguas

o marasmo não entra

o lamento não tem lugar

 

Por fim, sorridente

chega a primavera

trazendo nas suas mãos

a esperança

e um sorriso no olhar

deixando para trás

a dor, a tristeza

a frustração.

 

Mário Margaride


Bom fim de semana!

Beijos e abraços!

terça-feira, 18 de março de 2025

Semana Comemorativa do Dia Mundial da Poesia

 Semana Comemorativa do Dia Mundial da Poesia


A convite da amiga Roselia Bezerra 

Esta é a minha participação

 

UNIVERSO DE AMOR

 

Suaves e quentes, são as tuas mãos

que afagam o meu rosto com carícias

intenso é o sentir que nos envolve

no universo de paixão e de delícias...

 

Belo é o teu sorriso que ilumina

a noite onde se instalou o amor

suave é o teu colo onde me deito

e o meu corpo estremece com fervor

 

Lindo é este amor que alimenta

a fome de carinho e de ternura

forte e poderoso é o sentimento

que dentro de nós ficou...e que perdura.

 

Mário Margaride




domingo, 16 de março de 2025

A VOZ DO MEU SENTIR


É o poema que fala

é a música em essência

são as palavras trocadas

num sorriso de inocência

 

É a voz que não se cala

a palavra que não desiste

o poema inacabado

que dentro de mim existe

 

É a voz que há em mim

a palavra por dizer

que em silêncio sussurra

o poema por nascer

 

É o silêncio que grita

a voz dos amargurados

a mão que escreve o fervor

no calor de apaixonados

 

É a voz que não tem fim

a palavra que se agita

onde se esconde a ironia

do barulho que não grita

 

É a voz que há mim

que teima em não se calar

um turbilhão de emoções

nas veias a fervilhar

 

É a palavra que diz

com sua voz embargada

se não fosse o meu sentir

o poema, era nada.

 

Mário Margaride



 

sexta-feira, 14 de março de 2025

IGNOREMOS TUDO


Ignoremos tudo

sepultemos bem fundo

as nossas consciências

as nossas culpas

a paixão pelos que sofrem

o estandarte da solidão

a miséria, a vergonha

a riqueza, a ostentação.

 

 

Ignoremos tudo

com inteligência e minúcia  

para que tudo desapareça

até ao mais ínfimo pormenor

sem deixar rasto

 

Uma réstia de olhar

ficará pairando como um traço indefinido

sobre o silêncio sepulcral de tudo ausente

onde não haverá vivalma

não restará ninguém

para vasculhar bem no fundo

e ver que afinal…

nada está sepultado.

 

Mário Margaride

Bom fim de semana!

Beijos e abraços!