Nas grutas escuras do desalento
ecos desconcertantes
nos invadem a alma
nos corrompem a razão
nos devoram os sentidos
confundem as emoções
Nas grutas escuras do desalento
onde a inquietação impera
e a solidão nos corrói
raios de luz, imergem
iluminando o nosso caminho
nestas grutas cor de breu
Nas suas entranhas fecundas
nas suas paredes rochosas
nascem raízes
que se multiplicam
se espalham no chão
de terra quente e fértil
nascendo árvores floridas
dando cor, perfume, alegria
à penumbra da escuridão.
Mário Margaride