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sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025

PALAVRAS AO VENTO


Sempre bem falantes

Deixam as palavras fluir como rios

Em subtis discursos

Com promessas erguidas

Em frágeis alicerces

 

Falam de justiça

De um mundo mais puro

Gritam por mudança

Clamam por ação

Mas o tempo revela

Que não passa de ilusão

 

Nos palcos brilham

Cantam belas ilusões

Mas depois na realidade

Desafinam as canções

 

Promessas ditas ao vento

Que se dispersam no ar

E deixam o Zé povinho

Sempre, sempre, a duvidar

 

Será que algum dia

haverá verdadeira esperança?

Ou continuaremos com promessas vazias

Nesta eterna dança?

 

Mário Margaride

06-02-2025

Feliz fim de semana!

Beijos e abraços!

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2025

DEVANEIOS


São gargalhadas sem riso

onde a graça não tem graça

apenas sons estridentes

do barulho da chalaça

 

São decibéis que ecoam

esteja chuva, sol, ou frio

onde o escárnio é Rei

neste enorme corrupio

 

São as línguas mal dizentes

como cobras cuspideiras

e quando abrem a boca

é uma carrada de asneiras

 

Neste vasto devaneio

onde tudo é dito à toa

quando as coisas acontecem

nunca sai lá coisa boa.

 

Mário Margaride

28-01-2025


sexta-feira, 31 de janeiro de 2025

A BELEZA DO PÔR DO SOL


No crepúsculo sereno

o sol desce lentamente

pintando o céu

com pinceladas de ouro

e rubi ardente  

 

As cores se fundem

num abraço de luz e calor  

é a despedida do dia

em todo o seu esplendor

 

As nuvens dançam suaves

em tons de rosa e lilás  

refletindo no mar tranquilo

um belo espelho de paz  

 

O horizonte beija o sol  

num adeus carinhoso

e a noite se prepara

num manto misterioso

 

Os pássaros cantam

a última melodia do dia

enquanto as estrelas surgem

com toda a sua magia.

 

Mário Margaride

29-01-2025

Feliz fim de semana!

Beijos e abraços!

domingo, 26 de janeiro de 2025

NOS ESCOMBROS DA MINHA INDIGNAÇÃO


Vagueio

entre o silêncio e o vazio

saio de mim por instantes

como se de repente...morresse

e deambulasse nas escarpas da penumbra

na escuridão dos escombros

dispersos no chão

despojados de vida

onde os meus desejos apodrecem

 

O cheiro pestilento da mentira

me incomoda e me repugna

neste constante rastejar

nas margens das macabras silhuetas

 

É preciso renascer

das cinzas da morte

reinventar a beleza da vida

a sua pureza

o seu perfume

que ressuscite a dignidade de viver

 

Divagando

procuro em vão

um sorriso, um abraço

neste universo viciado

de nefastas contradições

 

Olho o horizonte longínquo

a chuva que cai lá fora

na sombra do desespero

e da ambiguidade

 

Corroem-me as entranhas

de tanta vezes ingerir

o veneno da maldade

do ódio

e da indignação

 

Vagueio

entre o silêncio e o vazio

nas entranhas profundas

do meu coração.

 

Mário Margaride

26-01-2025


sexta-feira, 24 de janeiro de 2025

SÃO COMO MOSCAS


São como moscas que incomodam

zumbindo aos ouvidos, quais videntes

são cobras que se enrolam e apertam

querendo estrangular as nossas mentes

 

É uma dança onde a música é estridente

e se agarram ao ritmo, mas não dançam

não bailam nem para trás nem para a frente

onde trocam os passos e tropeçam

 

E assim nos assolam "estes bichos"

como moscas que zumbem sem parar

esperando como abutres, pelas presas

espreitando o momento de atacar.

 

Mário Margaride

23-01-2025

 Feliz fim de semana!

Beijos e abraços!