Sempre bem falantes
Deixam as palavras fluir como rios
Em subtis discursos
Com promessas erguidas
Em frágeis alicerces
Falam de justiça
De um mundo mais puro
Gritam por mudança
Clamam por ação
Mas o tempo revela
Que não passa de ilusão
Nos palcos brilham
Cantam belas ilusões
Mas depois na realidade
Desafinam as canções
Promessas ditas ao vento
Que se dispersam no ar
E deixam o Zé povinho
Sempre, sempre, a duvidar
Será que algum dia
haverá verdadeira esperança?
Ou continuaremos com promessas vazias
Nesta eterna dança?
Mário Margaride
06-02-2025