No jardim da alma
onde flores deveriam brotar
há um solo árido
onde o amor não ousa ficar.
As raízes secam
os espinhos se multiplicam
e o que restou
é um vazio que não se pode medir.
É um barco sem mar
Uma tela sem cor
Uma rua deserta
Um jardim sem flor.
Depois é indiferença
o que era paixão
e o que era sonho
virou desilusão.
Talvez, um dia
um dia qualquer
possamos mergulhar
noutro mar que vier.
Mário Margaride
11-08-2024