São muitas as dúvidas que suportamos
na mente que se veste de incertezas
são muitos os desertos por onde andamos
onde abutres esperam, as suas presas.
Toda a atenção é pouca e necessária
para saber o que pisamos a cada momento
basta um pequeno desvio, e pum!
Para despertar em nós o desalento.
É assim que tudo gira à nossa volta
com o vento que passa a todo o gás
e se com ele levar a nossa essência
o que de bom construímos, se desfaz.
Vamos seguindo atordoados
neste mundo em constante convulsão
somos meras peças na engrenagem
nesta máquina que gera a confusão.
Neste jogo onde não contamos nada
somos peões em constante movimento
onde interesses nos atiram borda fora
para o mar impiedoso e turbulento.
Para onde vamos nós neste momento
a caminho da paz e da amizade
ou de um enorme e catastrófico, sofrimento?
Para onde vamos nós neste momento?
Mário Margaride
10-04-2023