As noites são frias
no deserto quente das desilusões
onde as areias escaldantes
nos queimam
nas insónias inquietas
das frustrações.
Nas noites castradas de sonhos
emergem as ilusões e a fantasia
no erguer da manhã
nasce a esperança
por entre os tambores vibrantes
da alegria.
Nas noites dos sonhos perdidos
se acendem as luzes da esperança
nas margens do tempo esquecido
se semeiam ventos de mudança.
Nas noites sombrias
dos desencantos
gritam as vozes sufocadas
numa súplica que se ergue
em silêncio
na aurora boreal...
...das alvoradas.
Mário Margaride
05-03-2023