O meu olhar se esconde de mim
para me olhar na penumbra
e me despertar do silêncio.
As minhas recordações
se escondem no vazio
para que eu as descubra
nos escombros da memória.
E as coisas passam por mim
como se eu, fosse uma nuvem
que traz em si, a chuva que lhes falta.
Será que o tempo que passa a correr
também espera por mim?
Será que tudo que vemos, é real
ou apenas mera ilusão que nos confunde?
Ou será que afinal
vivemos numa utópica ilusão
com os braços abertos para nos enganar?
Será!?
Mário Margaride
20-02-2022