Ouçamos o barulho do silêncio
da constante e incómoda incerteza
que nos invade, nos confunde e nos fere
e nos impede de ouvir, com clareza.
No meio do marasmo pertinente
onde a inércia sobe ao pedestral
nos dizem sem pudor e sem rodeios
que o caminho é de um futuro, sem igual.
Os ditos salvadores da pátria
que não têm sequer qualquer visão
julgam que são os donos da verdade
impingindo sem pudor, sua versão.
São cartilhas já gastas, sem efeito
que insistem em nos dar, de mão em mão
fazendo de nós, incautos submissos
uma espécie de carne, para canhão.
Mário Margaride
24-11-2021