O silêncio me invade...
num barulho ensurdecedor
nesta solidão que me consome
não me deixando dormir...
O vazio me absorve
corroendo-me as entranhas
deste silêncio sepulcral...
que me atormenta
e me devora.
Deito-me na cama
e tento dormir
mas o barulho do silêncio...
fere-me os tímpanos
impedindo-me de ouvir
a voz serena
que habita em mim.
Por fim...
talvez por cansaço
o barulho se cala
e o sono...
me agarra no seu seio
onde adormeço
silenciosamente...
nos braços da madrugada.
Mário Margaride
11-10-2021