Passavas devagar
como se fosses, sem coragem
fazer, a contra gosto, uma viagem
à falta de razão porque parar.
A tua sombra recortou-se no meu chão
alongou-se em forma e tempo
ganhou corpo, ganhou voz
e, desde então
aguardamos o momento
em que o sol a pino, sobre nós
reduza as nossas sombras a um ponto
por ser tão certo e estreito o nosso encontro
que nem em sombra, voltaremos a estar sós.
Mário Margaride
Feliz fim de semana!
Beijos e abraços!